Enviada em: 13/03/2019

A Constituição Federal de 1998 garante a todo cidadão brasileiro o direito à informação e tecnologia. Entretanto, esse plano teórico não se aplica bem à realidade do país, já que, segundo dados do IBGE o acesso à tecnologia se limita a classes sociais mais altas, não atingindo áreas periféricas. Esse quadro é agravado devido a falta de investimentos governamentais e a falta de uma cultura tecnológica. Dessa forma, governo e sociedade devem se unir para atenuar esse quadro.              No que concerne à problemática, no Brasil muitas escolas, mesmo possuindo aparatos tecnológicos para promover a inclusão digital, não o fazem. Segundo o filósofo Focault, as escolas, em maioria, priorizam a ordem e a disciplina em detrimento da formação social do indivíduo. Diante dessa perspectiva, é notório que esse problema está fortemente ligado à cultura, de grande parte do corpo pedagógico, de não utilizar os recursos tecnológicos.               Outrossim, é preciso ressaltar a falta de infraestrutura necessária para promover a inclusão digital, elemento fortemente ligado à desigualdade social. De acordo com Nelson Mandela, a educação é a maior arma que o ser humano pode utilizar para mudar o mundo. Diante de tal contexto, a tecnologia traz consigo a característica de reunir os mais variados  assuntos onde o indivíduo poderá aprender o que bem desejar na hora que quiser. Reduzindo esse benefício àqueles que possuem uma renda condizente, diminui a capacidade profissional e intelectual da população.            Diante do exposto, o Ministério da Educação deve promover a educação digital nas escolas por meio da criação dessa disciplina na Base Nacional Comum Disciplinar, tornando-a obrigatório em todas as escolas, afim da capacitação de professores acerca do conhecimento digital. Ademais, ONGs relacionadas à tecnologia devem transmitir conhecimento digital por meio de palestras em locais públicos afim de realizar a inserção digital da população. Através disso, o problema em questão será atenuado.