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Enviada em: 17/04/2019

Desde o processo de ascensão do capitalismo a sociedade vem priorizando o bem material, no qual é necessário o poder monetário para a sua aquisição. Com isso, quem não tem condições financeiras para ter acesso a essas tecnologias, se encontram se encontram excluídos digitalmente. Nessa perspectiva, deve-se analisar como a falta de zelo do governo e a desigualdade social se inserem na problemática em questão.              A priori, conforme afirmou Durkheim , quando se vive em uma sociedade sem regras claras e que as leis não funcionam, essa se encontra em estado patológico. Tal realidade se aplica ao Brasil, visto que a Constituição brasileira garante a todo cidadão o direito ao acesso à informação e a tecnologia. Em contrapartida, esses direitos são assegurados apenas na teoria, pois é evidente a exclusão digital no Brasil, principalmente por pessoas que não condições de comprar os equipamentos tecnológicos ou por o morarem em localizações onde não há redes de internet. Nesse ínterim, tal fator configura-se um contra-senso, posto que o Governo atribui o acesso à vários direitos por meio da internet, como a renovação de documentos, mas não oferece condições para que o individuo efetive esses benefícios.               Outrossim, o geógrafo brasileiro Milton Santos separou o Brasil em regiões conforme o acesso aos meios técnico-científico-informacionais disponíveis. Dessa maneira, a inclusão digital se distancia da realidade brasileira devido, majoritariamente, a estratificação regional e social.Em que os indivíduos que são empregados e que moram em locais onde há alcance de internet são privilegiados. Destarte, a exclusão digital compromete a cidadania na medida em que , atualmente , com uma sociedade hiperconectada as informações e as ferramentas mais importantes estão na internet. Logo, deve haver medidas para que essas pessoas que se encontram em estado de vulnerabilidade atinjam a cidadania.             Por conseguinte , é premente que hajam medidas para atenuar as barreiras que causam a exclusão digital no Brasil. Cabe ao Estado , portanto, maior regrador de uma sociedade política, por meio do Ministério da Tecnologia e Inovação , investir na ampliação de internet no Brasil, além de ampliar o mercado de trabalho e planos de subsídios, como pacotes de internet a baixo custo, para que a população carente tenha acesso a esses meios tecnológicos.