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Enviada em: 26/05/2019

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando há igualdade entre a população. No entanto, quando se observa a deficiente inclusão digital no Brasil verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, dado que alguns têm acesso à internet e outros não, sendo assim, a problemática persiste ligada na realidade do país.         É possível afirmar que desde a Segunda Guerra Mundial, com o surgimento do primeiro computador, os avanços tecnológicos têm aumentado e, aliado a isso, as pessoas são cada vez mais estimuladas - por empresas do ramo tecnológico - a levar uma vida consumista, o que fomenta o mercado de inovações. Contudo, parcela considerável dos consumidores que fazem parte dessa cadeia produtiva vivem em regiões de alto ou médio Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com vasta cobertura de internet disponível e com alto poder aquisitivo. Desse modo, evidencia-se que o ideal iluminista não é executado na sociedade brasileira, sendo comprovado o descumprimento dos direitos humanos, uma vez que garantem que todos devem ter direito à informação e comunicação.        A inclusão digital pressupõe produção e compartilhamento de conhecimento com o objetivo de melhorar as condições de vida do usuário. Incluir digitalmente não é apenas "alfabetizar" o indivíduo em informática, mas sim possibilitar a melhora dos quadros sociais a partir do manuseio das ferramentas tecnológicas, visto que o prestígio dessas ferramentas, no mundo globalizado, é incontestável. Entretanto, nota-se o mau uso e a conduta muitas vezes inapropriada que muitas pessoas têm quando conectadas, como é possível observar em casos de injúria racial - a exemplo da filha do ator Bruno Gagliasso -, xingamentos e até ameaças, o que configura diferentes formas de exclusão do espaço digital.         Compreende-se, portanto, que o Governo Federal deve ampliar a infraestrutura de acesso à internet em banda larga e de telecentros comunitários em áreas remotas do país que possibilitam o acesso gratuito e rápido à internet e, também, promover campanhas nos meios de comunicação com o intuito de informar e conscientizar a população sobre conduta correta a se ter quando se está conectado. Além disso, cabe à sociedade e às ONGs sociais reivindicar um direito proposto pela declaração universal, a partir de manifestações pacíficas, para que o direito à informação e comunicação seja cumprido. Assim, todos brasileiros terão acesso aos meios digitais e o principio iluminista será concretizado.