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Enviada em: 04/06/2019

Inclusão digital é o nome dado ao processo de democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir a inserção de todos. Porém, o Brasil ainda enfrenta problemas nessa inclusão: a nação está em 72° no ranking global de taxa de acesso às tecnologias da informação, segundo o índice Integrado de Telefonia, Internet e Celular. Desse modo, é necessário que essa incorporação seja incentivada, tanto pelos seus benefícios individuais, como por expor desigualdades.       Em relação ao primeiro viés, cabe destacar que as novas tecnologias de informação e comunicação (TIC's) podem apresentar facilidades no cotidiano. Para elucidar essa ideia, pode-se pontuar o que diz o sociólogo David Hume em seu livro "Ensaio sobre o entendimento humano". Consoante o teórico, tudo que quebrar barreiras para o caminho do saber é benfeitor da humanidade. Conclui-se dessa ideia, então, que aquilo que difundir o conhecimento é benéfico para a sociedade. Nesse contexto, a "Educação a Distância" (EaD) apresenta-se como uma das novas ferramentas da expansão das TIC's, segundo a revista "Veja": 1,5 milhões de brasileiros são usuários da EaD. Logo, observa-se que, ao ser incluído nos meios digitais, o indivíduo desfruta de todos os avanços e inovações desenvolvidas, sendo impossível não reconhecer o mérito dessa valorosa integração digital.       Já quanto ao segundo ponto, é relevante mencionar que a inclusão não ocorre só utilitariamente, mas também denuncia atrasos sociais. Para destacar esse aspecto, cabe recorrer ao que diz o sociólogo Zygmunt Bauman em sua obra "44 cartas do mundo líquido moderno: tudo o que nos é fácil, constante e facilmente acessível tende a ser óbvio demais para ser notado, quanto mais para nos fazer pensar. Dessa forma, uma pesquisa feita pelo IBGE aponta que aproximadamente 30% dos brasileiros não estão conectados à internet. Ou seja, a ideia de que algo é abundante para todos somente por ser abundante em uma realidade específica é extremamente inadequada. Portanto, na conjuntura de expandir as redes de integrações de informações, evidenciam-se as desigualdades sociais.        Em suma, é urgente pensar em uma forma de estimular o processo de inserção digital. Para isso, o Governo Federal deve desenvolver projetos e ações que promovam a inclusão: criar um ambiente institucional que promova a inclusão na sociedade em rede; criar políticas públicas que garantam benefícios às empresas que aumentem o número de usuários - diminuindo o preço de eletrônicos ou oferecendo cursos gratuitos de como manipular as tecnologias. Isso pode ser feito por meio de parcerias com governos estaduais,municipais, organizações não-governamentais e outras entidades da sociedade civil. Essas ações, consequentemente, têm a finalidade de expandir as redes de informações digitais, e assim diminuir as desigualdades na obtenção de informações e na contribuição social.