Materiais:
Enviada em: 12/08/2019

A obra "Metrópolis" de Fritz Lang retrata um mundo dividido em duas classes, uma delas, a elite, controla toda a superfície da Terra com o uso de maquinário poderoso e tecnologia de ponta. A outra, por sua vez, são os operários, marginalizados por não terem acesso às novas tecnologias. Por isso, é importante vencer os desafios da inclusão digital no Brasil, e permitir que todos os indivíduos tenham  a oportunidade de contribuir para a sociedade.  Tal como na obra descrita, o Brasil atualmente se divide entre aqueles que cresceram em um ambiente onde o contato com computadores e celulares era parte da rotina, e entre aqueles que precisaram abandonar o ensino básico para trabalhar prematuramente. Assim, criou-se uma grande defasagem entre esses dois povos, e em um mundo globalizado que demanda cada vez mais especialização e conhecimento sobre tecnologia, a tendência é que essa exclusão aumente exponencialmente.   De forma análoga as ideias do filósofo Marshall McLuhan, a civilização é como uma "aldeia global", hodiernamente conectada através dos meios digitais. Desta forma, todos os indivíduos que não têm acesso a esses meios, automaticamente estão exclusos de todo o fluxo de informação e do desenvolvimento global, e isto também os prejudica ainda mais na entrada no mercado laboral e científico. Por conseguinte, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Centro de Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, 48,7% das pessoas no Brasil estão inclusas nessa situação alarmante, o que torna urgente uma intervenção do Estado.   Em suma, é necessário que os governantes procurem os meios necessários para incluir a população nessa aldeia global. O Ministério da Educação, junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, deve promover mais palestras desde cedo nas escolas para crianças e pais, afim de instrui-los sobre o uso de aparatos digitais demandados no mercado. Assim como o Ministério da Cultura deve também trabalhar em propagandas sobre o uso da tecnologia no dia-a-dia da população. Deste modo, tanto os mais jovens quanto aqueles que nunca tiveram contato com as novas tecnologias, lentamente serão inclusos na grande Metrópolis que forma a civilização, contrariando as previsões feitas na obra de Fritz Lang.