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Enviada em: 13/08/2019

A obra "Metrópolis", de Fritz Lang, retrata um mundo dividido em duas classes, uma delas, a elite, controla toda a superfície da Terra com o uso de maquinário poderoso e tecnologia de ponta. A outra, por sua vez, são os operários marginalizados que não tem acesso as novas tecnologias. Por isso, torna-se necessário superar os desafios da inclusão digital no Brasil e permitir a todos uma oportunidade de contribuir para a sociedade.      Análogo a obra descrita, o Brasil atualmente se divide entre aqueles que foram criados em um ambiente onde computadores e celulares faziam parte da rotina, e entre aqueles que precisaram abandonar o ensino básico para trabalhar prematuramente. Por conseguinte, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, 48,7% da população estão inclusas nessa situação alarmante.       Concomitante aos ideais do filósofo Marshall McLuhan, que defende a civilização como uma "aldeia global", hoje interligada pelos meios digitais, os indivíduos que não têm acesso à esses meios, estão exclusos de todo o fluxo de informação e desenvolvimento global. Desta forma, além desses indivíduos ficarem à margem da sociedade, a tendência é que esse afastamento aumente exponencialmente caso medidas não sejam tomadas para os incluir nessa aldeia global, o que torna urgente uma intervenção do Estado.      Em suma, é necessário que os governantes procurem os meios necessários para incluir a população nessa aldeia global. O Ministério da Educação, deve promover mais palestras e debates desde cedo nas escolas para crianças e pais, a fim de educa-los sobre o uso de aparatos digitais demandados pelo mercado. Assim como o Ministério da Cultura deve, também, trabalhar em propagandas explicando aonde a tecnologia se encontra no dia a dia da população, por meio de cartazes em instituições públicas, como hospitais e escolas. Desse modo, tanto os mais jovens quanto aqueles que nunca tiveram contato com as novas tecnologias, serão, aos poucos, inclusos na grande Metrópolis que forma a civilização, contrariando as previsões feitas na obra de Fritz Lang.