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Enviada em: 24/08/2019

Na obra cinematográfica "Metropolis", de Fritz Lang, uma sociedade futurística é controlada por uma elite tecnológica, enquanto os trabalhadores são marginalizados no subterrâneo. De maneira similar à realidade, nota-se que, com a ausência do Estado, a questão da inclusão digital brasileira é restringida socialmente, gerando a exclusão social dos indivíduos da grande massa populacional. Assim, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno desenvolvimento do conhecimento.     Deve-se pontuar, de início, que a falta de investimentos na popularização do ensino moderno igualitário é extremamente contraditória diante da Quarta Revolução Industrial iminente. Em contrapartida, embora seja assegurado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, que todo indivíduo tem o direito à informação e comunicação, a democratização do acesso científico inovador, principalmente, no contexto escolar, transfigura-se ilusório diante da precariedade estrutural na educação digital.    Outrossim, é válido salientar que, conforme Marshall McLuhan, a civilização se tornou uma "aldeia global", em que os meios digitais a interligam. Sob tal ótica, há um aumento exponencial do afastamento de integrantes da comunidade, em detrimento que as classes sociais mais baixas não conseguem estabelecer uma interação firme com as inovações técnico-científicas. Evidencia-se, portanto, que a propulsão da modernidade tecnológica impulsiona uma conectividade seletiva.   Em suma, medidas são necessárias para atenuar a desigualdade educacional e garantir os direitos da população na prática. Nesse contexto, cabe ao Ministério da Educação investir na infraestrutura das escolas públicas, viabilizando o uso de computadores e salas interativas, para que os alunos possam se integrar à atualidade, desenvolvendo tanto o uso consciente da internet, como também, construindo uma integração constante. Feito isso, o conflito vivenciado no filme não será mais análogo a situação da inserção da tecnologia no Brasil.