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Enviada em: 13/04/2017

Com o advento da globalização contemporânea as relações comunicativas sofreram notáveis transformações, recorrendo a interações no plano virtual. Diante desse cenário vê-se que, a inclusão digital é um pilar para o desenvolvimento de um país coeso que integra sua população no acesso às novas diretrizes de informação e comunicação. No Brasil, observa-se avanços nessa área, entretanto são necessárias medidas mais consistentes visando a plenitude na democratização das tecnologias do século XXI.   A insuficiente distribuição de renda relaciona-se fortemente ao desequilíbrio na obtenção de recursos digitais. Essa afirmação corrobora-se no objetivo principal da fabricação de tais bens, o lucro e a intensificação do consumo. Enquadrando-se nesse contexto há benefício dos indivíduos com poder aquisitivo e a instauração de um empecilho às classes menos abastadas para a concretização de umas das principais etapas da inclusão digital que é o acesso aos dispositivos e ferramentas físicas, como computadores e internet.  O programa governamental com implantação de laboratórios de informática nas escolas públicas é uma medida mitigatória ao problema exposto anteriormente. Todavia, a inclusão digital eleva-se a um patamar mais profundo tangendo a utilização racional e construtiva das redes virtuais. Frente a isso fundamentando-se no pensamento aristotélico, no qual a natureza do homem é aspirar pelo saber é fato que na sociedade vigente a forma mais abrangente de alimentar tal essência humana são as tecnologias de informação. Portanto, a instrução do uso dessas possui exímio valor pela reprodução e intensificação do conhecimento, além de expor ao cidadão múltiplas interpretações de acontecimentos nacionais e internacionais.  Cabe ainda pontuar que, o acesso igualitário ao mundo digital promove unidade da população, uma vez que a integra entorno de um fator social, colaborando também para amenizar a segregação entre os cidadãos. Isso se confirma na tese de Durkheim, a qual dizia que é fundamental o indivíduo sentir-se parte do todo para contenção de anomias sociais e deterioração da sociedade.  A partir da análise exposta torna-se evidente a imprescindibilidade de fazer a inclusão digital um foco primordial para o desenvolvimento de vários índices na conjuntura brasileira. Ao Estado cabe instituir projetos para que pessoas de baixa renda obtêm os bens físicos virtuais de forma facilitada. A esse mesmo órgão compete a formação do curso de informática na educação básica visando potencializar as ferramentas das tecnologias atuais. A sociedade, através da família e mídia, deve orientar o uso dos recursos digitais para que esse agregue conhecimento ao usuário.