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Enviada em: 05/06/2017

O Brasil é um país subdesenvolvido, no qual a desigualdade econômica é acentuada.Essa, por sua vez, está intimamente interligada com a exclusão digital, que se estende à vida real de muitos brasileiros, principalmente, os mais carentes e limita oportunidades como a melhoria do processo de aprendizado.       Mormente, o filósofo de Rousseau já dizia que a desigualdade tende a se acumular. Assim, não é possível falar em erradicar a segregação tecnológica sem antes garantir direitos básicos aos cidadãos. Se muitos brasileiros fazem esforços até para não passar fome, dificilmente a aquisição de computadores, celulares e do conhecimento sobre como manuseá-los será prioridade.    Ademais, percebe-se a influência dos dispositivos tecnológicos e da internet na educação. Um exemplo é a plataforma "Descomplica", em que o aluno encontra simulados, aulas e diversas questões. Entretanto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 65 por cento da população com mais de dez anos não tinha acesso à rede no ano de 2010, ou seja, as chances de aprendizado, aprovação no vestibular e conseguir inserir-se no mercado de trabalho poderiam ser maiores com a inclusão digital.    Destarte, a segregação tecnológica ainda é realidade no Brasil. Para reverter esse cenário, cabe ao Estado destinar verbas para a ampliação e construção de salas de informáticas para que os alunos as usem no turno que não possuam aula, com a intenção de dinamizar o processo educativo. Já o Ministério do Trabalho poderia alugar salas próximas às periferias e contratar empresários para ministrar cursos de empreendedorismo, com o intuito  de melhorar a renda dos brasileiros. Por fim, o Ministério da Tecnologia poderia criar programas por ordem de manifestação de interesse, com objetivo de conceder crédito à população carente no momento da compra de celulares e bolsas em cursos de informática.