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Enviada em: 31/05/2017

Inclusão para quem?       A inclusão digital é a democratização do acesso às tecnologias de informação. O Brasil, em plena era da globalização, busca ampliar cada vez mais a informática e a troca de conhecimentos, valores sociais e aprendizagem por meio dela. Entretanto, fatores como o analfabetismo digital e o poder concentrado da informação contribuem como forte empecilho a essa meta brasileira.      É evidente que a questão do conhecimento prévio em informática se apresenta como um contratempo à inclusão digital. Para Aristóteles, a política deve ser usada como forma de estabelecer a harmonia, por meio da justiça. Analogamente, nota-se que embora o Governo Federal tenha em curso programas de implantação de computadores para toda a população, há uma brecha que rompe a harmonia proposta pelo filósofo, tendo em vista que, as políticas são pouco aprofundadas, pois não há uma alfabetização digital que permita um uso benéfico da tecnologia. Desse modo, é preciso que haja uma maior atenção e manutenção na prática da inclusão digital por parte do Governo.     Outrossim, percebe-se a desigualdade interna no país como uma propulsora da barreira à democratização do acesso às tecnologias. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil ocupa o 72º lugar no ranking global de acesso a essas modernizações. Nesse contexto, observa-se que o poder concentrado em algumas regiões do país em detrimento de outras, mantém a forte desigualdade interna no alcance à inclusão digital, seja pela diferença econômica ou social do local. Assim, percebe-se a necessidade de combate à problemática para democratizar o saber.     Entende-se, portanto, que embora a meta da democratização de tecnologias seja importante para o Brasil, ela ainda precisa vencer muitos obstáculos. Para atenuar o problema, é preciso que o Governo Federal implante programas voltados para a alfabetização digital em todo o país, com cursos de informática gratuitos, além da distribuição de computadores para todas as regiões, incluindo as mais pobres. Dessa forma, será possível restaurar a harmonia citada por Aristóteles e expandir o conhecimento, a troca, os valores sociais e a aprendizagem que a era digital possibilita.