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Enviada em: 28/08/2017

Ao longo da história, novas tecnologias têm tido o poder de influenciar o comportamento e desenvolvimento da sociedade. A era da informação possibilita que com o simples toque dos nossos dedos encontremos conteúdos que beneficiem nosso cotidiano. No entanto, o acesso a “smartphones” e computadores não garante que as pessoas dominem as técnicas para utiliza-los, fato evidenciado pelas gritantes desigualdades sociais.  Há três requisitos básicos para inclusão digital. Um computador, ou qualquer aparelho como celulares ou “tablets”; uma conexão com a internet, pois sem estar conectado a essa rede de dados ele não é tal útil, e o domínio das ferramentas para poder utilizar os conteúdos. É nesse contexto que surge o analfabetismo digital. Não é suficiente que se tenha acesso a um centro de computadores como em laboratórios de informática de várias escolas no Brasil, se o indivíduo não estiver ciente das atribuições necessárias para usa-la a seu benefício próprio e coletivo. Ele precisa não só dominar os instrumentos da linguagem digital, mas também não torna-la supérflua e a empregar como um meio de entrada para por exemplo, a descoberta de outras culturas, plataformas de educação e conhecimento sobre seus direitos.   A falta da obtenção da tecnologia de informação é consequência das grandes disparidades regionais e sociais. A situação socioeconômica é a reguladora já que, as classes com baixo poder aquisitivo são as mais escassas em tecnologia devido a seu custo, dependendo assim, do trabalho de organizações não governamentais e de políticas públicas que expandam o acesso. Além disso, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas comprova que as regiões Norte e Nordeste são as que possuem os maiores índices de exclusão digital em detrimento do Sul e Sudeste, regiões em que a população possui maior renda e escolaridade.  Portanto, a democratização digital precisa transpor os muros das escolas, universidades e da classe abastada. Para isso, é necessário associar educação e tecnologia. O Ministério da Educação precisa se unir a iniciativa privada e o terceiro setor para que a alfabetização digital seja feita paralelamente a regular, por meio de cursos de informática, palestras e o financiamento de mais equipamento a centros educativos. A inclusão minimiza as desigualdades sociais, facilitando empregos e construindo postos de trabalho, o que influencia o progresso do país.