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Enviada em: 08/09/2017

Com o fim da Guerra Fria e a ascensão do sistema capitalista, os Estados Unidos comercializou parte da tecnologia desenvolvida em seus centros bélicos, dentre elas, a Internet. Com a capacidade de trocar informações instantaneamente, tal fator revolucionou o panorama mundial, transformando-o em um espaço globalizado. Entretanto, se por um lado a internet diminuiu fronteiras entre continentes, por outro, não conseguiu ultrapassar os muros da desigualdade no Brasil, tornando a inclusão digital um grande desafio.  A sociedade contemporânea é baseada no mundo virtual: bancos, jornais e universidades prestam seus serviços online, no entanto, quase metade da população brasileira não possui acesso à internet. Desse modo, acabam sendo privados de diversos benefícios, como os cursos superiores à distância, oferecidos, até mesmo, por instituições federais, à exemplo, o curso de pedagogia EAD oferecido pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) - MG.  O país passa, então, a apresentar aspectos extremos: se em alguns locais o acesso à internet pode ser comparado à regiões europeias, em outros o mesmo é quase inexistente. Validando o pensamento de Pierre Lévy ao enfatizar que toda nova tecnologia cria seus excluídos. Tal exclusão agrava ainda mais a desigualdade no país, visto que, esses indivíduos ficam à mercê de uma gama incontável de conteúdos e informações.  Portanto, é de suma importância que o presidente proponha a criação de um plano nacional visando a inclusão digital, levando uma conexão gratuita e de qualidade às regiões periféricas do país. O Ministério da Educação deve reivindicar salas de informática em todas as escolas públicas. Já a população, precisa solicitar computadores com acesso liberado - para fins didáticos - em locais públicos, como bibliotecas municipais. Tornando, assim, o pensamento de Pierre Lévy cada vez menos aplicável ao Brasil.