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Enviada em: 19/10/2017

O Brasil é um país que se formou em cenário de desigualdades, já que desde a proclamação da independência, em 1822, a elite, em conjunto com o monarca, detinham a força política, econômica e moral. Entretanto, embora date de anos atrás, o país permanece na mesma situação no século XXI, em especial na igualdade no acesso ao mundo digital, no qual a população de baixa renda continua negligenciada. Nesse contexto, é imperativo democratizar o acesso às novas tecnologias de informação e debater acerca dos caminhos para atingir a isonomia.    A princípio, vale pontuar que o cenário heterogêneo de renda brasileiro corrobora para os baixos índices de internautas. Exemplifica-se a desigualdade social existente através dos dados IBGE de 2013, no qual menos de 50% dos jovens têm acesso à internet e computadores, taxa que cai ainda mais quando analisada em periferias. Desse modo, nota-se que para garantir o amplo acesso ao meio globalizado e digital é necessário, mormente, vencer as disparidades econômicas, objetivando cumprir a Constituição Federal de 1988, a qual assegura os princípios da isonomia.     Ademais, convém ressaltar que a baixa porcentagem de acesso às redes virtuais é contraditória, tendo em vista os inúmeros benefícios proporcionados por estas. Uma prova de que a sociedade pode se aliar a internet está na pesquisa feita pela BBC Brasil, na qual foi comprovado tanto o maior desenvolvimento de ferramentas linguísticas, elevada troca de informações pertinentes quanto o suporte para o aprendizado entre aqueles que utilizam o meio digital como instrumento de ascensão intelectual. Dessa maneira, é notório que as novas tecnologias fornecem alicerce para o aprimoramento da vida pessoal, profissional e social, tornando-se essencial sua difusão por todas as classes sociais.      Logo, é imprescindível que haja inclusão digital entre toda a sociedade brasileira. Para isso, o Ministério Público deve investir na ampliação de políticas assistencialistas, objetivando romper o empecilho da desigualdade social herdada desde a criação do país, por meio da destinação de impostos arrecadados pela Receita Federal. Além disso, é importante que o Governo Federal aprimore o projeto existente para promover igualdade digital, o Computador Para Todos, difundindo-o em escala nacional, priorizando áreas de baixa renda, para assim promover a isonomia no quesito digital, por intermédio do apoio de empresas privadas e ONGS. Ainda, cabe ao Ministério da Educação, em associação as escolas, criar uma área de educação digital, com auxílio dos municípios, exibindo e ensinando os alunos a utilizarem as novas tecnologias, inserindo-os no meio globalizado.