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Enviada em: 02/11/2017

O mundo de hoje é marcado pelo grande avanço da tecnologia, principalmente no que diz respeito à informática. Por essa razão, saber usar as mídias educacionais no ambiente escolar é o maior desafio. Isso acontece porque garantir a alfabetização digital não significa apenas democratizar o seu acesso, mas permitir que os alunos aprendam a utilizá-las de forma produtiva. Nesse sentido, percebe-se que fatores pedagógicos e estruturais são determinantes nesse processo.    A priori, a capacitação dos professores em relação às novas tecnologias é imprescindível. Nessa perspectiva, observa-se que a formação profissional não leva em consideração essas novas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem. Segundo dados da pesquisa TIC Educação 2014, 67% dos professores não recebem capacitação para o uso pedagógico da internet. Dessa forma, o professor precisa buscar esse novo conhecimento em outros espaços, no entanto, isso nem sempre funciona, pois frequentar cursos de poucas horas pode não garantir segurança e domínio dessas tecnologias. Assim, implantar laboratórios de informática nas escolas não é suficiente para a melhoria da educação, é necessário que os indivíduos do ambiente escolar tenham seu papel redesenhado.    Outrossim, percebe-se que outro obstáculo para a implementação e disseminação de escolas mais alinhadas às inovações digitais está na infraestrutura. De acordo com o levantamento pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, a velocidade da principal conexão à internet em 33% das escolas públicas brasileiras é bastante limitada, ficando entre 1 a 2 Mbp/s, visto que nas escolas particulares apresentam uma conexão na ordem de 3 a 10 Mbp/s. Além disso, a imensa maioria das redes de wi-fi das escolas está fechada para os professores e alunos, o que mostra a falta do uso didático da internet. Por conseguinte, torna-se primordial mudar a forma de aprendizado e, sobretudo, fazer uso dos recursos tecnológicos para adequar os estudantes ao mundo do trabalho atualmente tão exigente.     Fica claro, portanto, que a falta de formação continuada dos professores e as estruturas físicas dos colégios do Brasil impedem o uso da tecnologia nas salas de aula. Logo, o Ministério da Educação deve investir na qualificação dos gestores e professores dos sistemas educacionais recorrendo a uma reformulação dos currículos de licenciatura, incluindo disciplinas e estudos que abordem o uso de ferramentas tecnológicas no processo da didática e metodologia de estudo para servir de suporte e auxílio aos novos desafios a serem enfrentados dentro da sala de aula. Ademais, o governo federal precisa melhorar e ampliar a infraestrutura física das instituições de ensino federais, por meio da construção de mais laboratórios de informática e do aumento da velocidade de conexão à internet, a fim de disponibilizar uma educação mais conectada aos professores e alunos das escolas públicas do país.