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Enviada em: 28/03/2019

A sociedade está cada vez mais segregada e, dessa forma, torna-se evidente a intolerância e o discurso de ódio contra minorias. Essas atitudes grotescas são comuns onde há desigualdade social e bem mais perigosas quando existe um meio para ser divulgado. Sendo assim, faz-se necessário a conscientização da população frente a esse impasse.       O programa de televisão "Sai de Baixo", da Rede Globo, retrata a vida de uma família de classe média com problemas financeiros e que ao mesmo tempo critica os pobres com discursos intolerantes. A proposta é justamente criticar a típica família brasileira: passam por crises financeiras, fazem discurso de ódio contra minorias por aversão às classes baixas mas mesmo assim mantém a aparência de classe alta. Dessa modo, é aterrorizante perceber que essa desigualdade social cria um ciclo de violência que é difícil de ser controlado por ser naturalizado.       Ademais, com o advento dos meios de comunicação, um simples texto  com pautas racistas, machistas ou homofóbicas, em questões de segundos, pode ter repercussão positiva de apoiadores de tais absurdos. A morte de Marielle Franco, ex vereadora, foi aplaudida por muitos na internet, apenas porque ela era mulher, negra, lésbica e combatia discursos nocivos, ou seja, minoria. Nesse sentido, é espantoso concluir que em uma sociedade democrática, o direito a personalidade, artigo 2 da constituição civil, não é respeitado.       Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o problema em questão. Para tal, a grande mídia deve combater o discurso de ódio e intolerância a partir do esclarecimento à população sobre suas causas e consequências em programas de alta audiência(como novelas, publicações na internet e rádio), a fim de conscientizar o povo para que esse não o cometa mais. Dessa forma, a minoria poderá ser mais ouvida, menos agredida e o país terá uma melhor qualidade de vida.