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Enviada em: 28/03/2019

Herdou-se da Idade Antiga um regime político, a fim de promover a boa convivência em presença daquilo que é diferente, a democracia. Embora possua tal finalidade, a utilização deste legado hoje, tem sido frequente para legitimar agressões a grupos que se encontram em estado de vulnerabilidade social. Embora inseridos neste âmbito político, detentor do princípio da isonomia, não é incomum a prática de discriminações.    A partir da teoria do habitus, do sociólogo francês Pierre Bourdieu, ele diz que a sociedade quando exposta a determinados costumes ou circunstâncias, a mesma tende a incorporar, naturalizar e em seguida reproduzir aquilo que é imposto. Embora tenha ocorrido avanços no que diz respeito a tolerância, seja pelo princípio da isonomia, garantido no artigo quinto da constituição, pelo estatuto da igualdade racial ou pela lei Maria da Penha, ainda há desafios a vencer.    No que diz respeito aos desafios a serem enfrentados, pode- se destacar: o combate a ignorância, desinformação, seja da relevância da diversidade sociocultural ou dos direitos possuídos por essas minorias. A ineficiência do Estado na promoção da igualdade de direitos, a impunidade, que é fonte de preconceitos, de violência, física ou simbólica, todos estes fatores corroboram para o prevalecimento e ampliação da intolerância.    Seguindo este viés, nitidamente urge- se a necessidade de uma abordagem escolar, por meio de professores, formadores de opinião e representantes da formação dos valores, sendo esta atividade mediada pelo ministério da educação e cultura (MEC), reforçando nas universidades cursos de formação em áreas que dialogam com essa problemática social. Paralelo a isto, é imprescindível a participação da família na formação e indivíduos, a partir de valores baseados no respeito.