Materiais:
Enviada em: 03/04/2019

Se há algo que deveria ser, mas não é nada simples na existência humana é a arte de conviver em meio às diferenças. Adolfo Hitler mostrou  isso bem quando quis, nos anos 30 e 40 do século XX o extermínio de judeus e de outros povos "não-arianos". Hodiernamente, mesmo após tamanho sofrimento, a intolerância e o preconceito, persistem na sociedade. E isso representa um atraso já que muito se pode aprender e evoluir com o novo ou diferente.       O Brasil apesar de ser um país plural, com diversas crenças, etnias e raças, apresenta-se como um dos países mais violentos do mundo. A ignorância e a falta de empatia traduzem-se em casos de extrema agressividade contra a minoria. Exemplo disso, foi o caso da menina Kailane Campos, de 11 anos, que foi apedrejada após sair de um culto de candomblé vestida de branco. O mesmo aconteceu com o estudante de publicidade Lucas Acacio que foi brutalmente espancado por ser gay.       Segundo a psicóloga Simone Engbrecht, diretora administrativa da Sigmund Freud Associação Psicanalística, a falta de tolerância tem origem naquela sensação de ameaça que o outro representa. É um sintoma de insegurança que as pessoas têm cotidianamente. Todavia, saber conviver com as diversidades, respeitando-as, é o primeiro passo para nos tornarmos pessoas melhores, conscientes das diferenças e verdadeiros agentes transformadores da sociedade.       Diante do exposto, torna-se imprescindível uma política educacional voltada para o assunto. O Estado, juntamente com os municípios, devem engajar esforços para a realização de palestras sobre o assunto nas escolas, com a presença dos pais. Também é necessário uma política de combate à intolerância nas empresas por meio da adoção de medidas punitivas para aqueles que a praticarem. Não menos importante, o governo deverá fazer cumprir a lei: discriminação é crime, e todo e qualquer indivíduo que não cumprir a lei deverá responder por isso, seja na cadeia ou pagando uma multa.