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Enviada em: 08/04/2019

Durante diversos momentos históricos, se fez notório que o discurso de ódio é mais facilmente propagado e concretizado do que o do amor, vide o estopim do nazismo. Porém, é importante entender que a intolerância  que promove a pragmática desses discursos é algo inato desse período histórico, e tem que ser desconstruído e debatido constantemente.       No século XXI, a aversão a alguns grupos de minoria tem sido muito usado como ferramenta política. Verba gratia, a propaganda anti-imigrante do Brexit, no Reino Unido e o discurso eleitoral do agora Presidente Donald Trump, que literalmente acusou certos grupos de rebaixar a "grandiosidade americana". Como Zygmunt Bauman afirmava em seu livro "Modernidade Líquida", esse mecanismo de manipulação é eficaz pois, na época da pós-modernidade, a psique coletiva já carrega consigo uma certa inflexibilidade perante o novo.            Em suma, é conceituado que nos tempos pós modernos, o corpo social é fortemente caracterizado pelo individualismo e o etnocentrismo, o que resulta no preconceito de qualquer quebra dos padrões socialmente adquiridos, os habitus de Bourdieu. Entretanto, é necessário desconstruir isso pois, obviamente, ideias tem que ser debatidas para as sociedades evoluírem. Por exemplo, se o papel da mulher não estivesse em pauta desde meados do século passado, ainda hoje a mulher não teria o direito de voto. Hodiernamente, há diversas pautas a serem repensadas, como a trans, grupo que tem sua expectativa de vida de 35 anos de idade, metade da média nacional, pelo IBGE, e que tem perto de nenhum amparo estatal.        Com o pautado, é evidente a necessidade da práxis estatal para mudar tal cenário. Essa ação deve ocorrer por meio de debates, preferencialmente nas escolas e por meio de propagandas televisivas a fim de ter um maior alcance populacional, que relembre as consequências que a intolerância pode ter e enalteça a ideia do amor, pois, como Nelson Mandela já dizia as pessoas aprendem a odiar, e, se o podem fazer, também podem ser ensinadas a amar,