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Enviada em: 11/04/2019

A sociedade é formada por uma interação de múltiplos grupos, culturas e pessoas, porém, alguns desses segmentos não se sentem representados ou há uma relação de dominância entre diferentes subgrupos, em que os preponderantes determinam padrões, que delimitam e discriminam as chamadas minorias. Vivenciando diariamente este cenário, estes grupos, por séculos, lutam e conquistam visibilidade e respeito, apesar disso, continuam a sofrem com o preconceito, os discursos de ódio e a intolerância, e, devido a isso, os debates e iniciativas são essenciais para mudar esta realidade.       O Brasil é o país onde mais transsexuais são mortos no mundo, de acordo com a ONG Transgender Europe (TGEU), este é apenas um dos inúmeros exemplos que podem ser citados para representar a, ainda predominante, intolerância no território brasileiro. Esse preconceito, tão intrínseco na nossa sociedade, não é inteiramente noticiado ou representado por dados ou pesquisas, isso porque, na maioria dos casos, ele é camuflado e silencioso, percebido apenas pela falta de amparo na legislação, discriminação e pela vulnerabilidade, consequente da constante exposição aos discursos de ódio e da intolerância, por exemplo, vivenciadas tanto no mundo virtual quanto no real. Por conseguinte, muitas ações foram realizadas por parte dos grupos minoritária para conquistar e assegurar seus direitos, entre elas pode-se comentar o Movimento Negro, que combate o desprezo e o ódio vivenciado pelos afro-brasileiros, além do Movimento LGBTQ+, que lida com as conquistas de direitos e com as iniciativas contra as manifestações de intolerância.       Todavia, mesmo com esse conjunto de ações, as minorias continuam a sofrer com o preconceito representado, por exemplo, pelas falta de aceitação e respeito dos grupos dominantes, insegurança devido a exposição de violência verbal e não verbal e pela falta de representatividade na legislação ou em outras áreas, como na mídia.      Diante do que foi exposto, é de suma importância que o Ministério da Justiça e da Cidadania promovam campanhas de conscientização, por meio de mídias televisivas e sociais, a cerca do respeito necessários minorias para construir uma sociedade mais harmônica; assegurem também a eficiência penal nos casos de agressão física ou psicológica, incluindo o meio digital, a partir do incentivo a denúncias, do oferecimento de linhas telefônicas especiais, como no caso do número 180, para a delegacia da mulher, além do governo, utilizando-se da democracia e dos direitos humanos, envolva e promova a representação dos grupos minoritários no parlamento ou garanta os totais direitos como cidadãos e pessoas à estes segmentos, para que assim, a intolerância e o ódio constantemente presentes na nossa sociedade possa ser substituído pelo respeito.