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Enviada em: 11/04/2019

Discurso de ódio contra minorias       Em meados de 1950, na África do Sul, ocorreu um regime de segregação racial que impossibilitou a inclusão dos negros na sociedade, lugares públicos, decisões políticas e acesso à direitos sociais, como saúde, educação e moradia, denominado Apartheid. Mais de sessenta anos depois, observa-se a prevalência da prática de discriminação contra grupos sociais, não somente negros, mas também mulheres, homossexuais e comunidade LGBT. A intolerância e o discurso de ódio contra minorias constituem um dos maiores problemas vigentes no século XXI no Brasil e no mundo.       Conforme visto anteriormente, historicamente há a ocorrência de casos discriminatórios, como a Segunda Guerra Mundial, na qual Adolf Hitler enviou milhares de judeus para campos de concentração, devido à seu discurso de ódio, pois ele carregava uma profunda intolerância religiosa. Por mais que a sociedade mundial tenha evoluído em diversos aspectos, ainda não conseguiu conter seus instintos de raiva, medo e ódio, que são os pilares de todo o preconceito comumente aplicado às minorias, que, não necessariamente são sinônimo de menor número, mas sim, de mais atingidas e prejudicadas pela ação humana.       De acordo com os fatos apresentados anteriormente, pode-se afirmar que as ideias de Spinoza em sua obra "Tratado da Reforma do Entendimento", não estão sendo aplicadas, tendo em vista que elas visam a mudança do pensamento e julgamento humano, em prol da melhoria dos sentimentos negativos instintivos, como o ódio e a raiva. Esses sentimentos negativos induzem o ser humano a praticar preconceito, desrespeitar e oprimir as minorias.       Heráclito de Éfeso, filósofo grego, afirma que "nada é permanente, salvo a mudança", e, em suma, para que os casos de intolerância e discurso de ódio contra minorias sejam debelados, os educadores, juntamente com os pais, devem realizar atividades lúdicas para as crianças, com a finalidade de promover a inclusão de todos os alunos, independente da cor e do sexo. A Promotoria de Justiça precisa exercer o seu papel de imparcialidade no momento dos julgamentos, e punir adequadamente as pessoas que praticam preconceito e discurso de ódio, principalmente em redes sociais. Os livros didáticos devem conter informações sobre os casos históricos de opressão às minorias, com o objetivo de conscientizar os jovens para que essas situações não se repitam. Os órgãos públicos precisam disponibilizar terapeutas gratuitos em postos de saúde, para que a população possa receber o devido tratamento e conter seus instintos raivosos e opressivos. Por fim, as mídias sociais devem realizar propagandas de conscientização, alertando a sociedade em geral sobre a gravidade do preconceito.