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Enviada em: 24/04/2019

Após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 e o estabelecimento do American Way Of Life nos Estados Unidos, as empresas investiram em ferramentas de comunicação de grande alcance, as quais possibilitam a troca de informações instantaneamente. Contudo, a facilidade em explorar o perfil pessoal de um indivíduo e a inoperante atuação da legislação vigente são obstáculos enfrentados na luta contra a intolerância. Assim, evidencia-se a necessidade de promover uma análise crítica acerca das causas e consequências para uma possível solução da problemática.         A princípio, é importante ressaltar os fatores que possibilitam para o aumento dos discursos de ódio. Zygmunt Bauman, importante filósofo contemporâneo, diz: "na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte". Tal assertiva assemelha-se a facilidade em visitar perfis de usuários e deixar comentários de viés intolerante, a qual aliada às poucas fiscalizações das redes sociais por parte do Estado torna o cotidiano de vários cidadãos inseguro, já que eles sofrem, não poucas vezes, com ameças que põe em xeque a sua vida. Nesse sentido, como dito por Bauman, os brasileiros estão vivendo o fim do futuro; algo grave, tendo em vista o ferimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo objetivo é garantir a segurança e a igualdade independente das escolhas individuais.       Ademais, vale destacar os efeitos do envio de mensagens discriminatórias na internet. Segundo Freud, importante neurologista e criador da psicanálise, as pessoas tendem a seguir ordens determinadas por um grupo para se sentirem aceitas e pertencentes a ele. Nesse sentido, como consequência das críticas destrutivas encaminhadas a um indivíduo, ele passará a não responder mais a determinadas situações da mesma maneira como ele faria individualmente. Prova disso, a plataforma R7 Notícias afirma que o Brasil é o segundo país com mais casos de Cyberbullying e, por conseguinte, após o envio de frases de intimidação com o objetivo de atingir negativamente uma pessoa, vários jovens cometem suicídio por não se sentirem pertencentes a sociedade.         Depreende-se, portanto, que a intolerância e os discursos de ódio pode ser muito prejudicial para os cidadãos. O Governo Federal, como instituição regulamentadora da internet e propaganda, deve criar junto as plataformas digitais programas de controle ao acesso aos dados pessoais, os quais só poderá ser acessado com o consentimento do usuário. Além disso, cabe ao Ministério da Justiça garantir a segurança e a igualdade na sociedade, por intermédio do aumento de fiscais concursados capazes de desenvolver programas direcionados para o mapeamento de comentários virtuais discriminatórios, para punir quem os compartilham. Enfim, a partir dessas ações, como dito por Martin Luther King: "toda hora é hora de fazer o que é certo".