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Enviada em: 25/04/2019

Ao fazer uma análise da sociedade brasileira, fica evidente que medidas devem ser tomadas para que a disseminação do discurso de ódio e da intolerância contra minorias possa ser combatida. Sob esse aspecto, convém lembrar que desde o Brasil colônia, minorias formadas por negros e indígenas buscam a efetivação de seus direitos. Com isso, ressalta-se que não só a falta de conhecimento da população, mas como também a estruturação da sociedade são tópicos que devem ser enfrentados de maneira mais organizada para que a problemática possa ser amenizada.   Em primeira análise, vale pontuar que a propagação do preconceito e do discurso de ódio está intrinsecamente ligada á escassez de conhecimento por parte dos indivíduos. Julga-se que assim como afirmado por Bauman, a sociedade brasileira está mergulhada em conhecimento fragmentário, ou seja, há acesso a informação, mas pouco conhecimento é de fato adquirido. Levando em consideração esse aspecto, salienta-se que o preconceito contra minorias ainda é uma realidade, pois uma parcela dos cidadãos não possui entendimento suficiente sobre direitos das minorias e da luta que elas exercem para se posicionarem de forma efetiva na sociedade.   Outrossim, também é notório ressaltar que a intolerância e o discurso de ódio tornaram-se parte da organização do Estado, visto que a nação foi erguida a partir de processos históricos que fortalecem a discriminação de minorias. Dessa forma, acredita-se que a atual estruturação da nação brasileira corrobora para com a afirmativa de Rousseau de que o homem nasce bom , mas a sociedade o corrompe, já que por estar inserido em um ambiente previamente intolerante, o indivíduo tende a interiorizar tal intolerância e transferi-la a futuras gerações em forma de cultura, perpetuando, assim, o ciclo de discriminação.   Torna-se indubitável, portanto, a necessidade de solucionar a problemática em voga. Dessa maneira, a escola deve aumentar a carga de conhecimento que é transmitido acerca das minorias brasileiras, através de palestras com lideranças dos grupos, além de discussões que levem a entender o contexto social que levou a formação do grupo como minoria, a fim de que munidos com conhecimento, os cidadãos possam começar a estruturar uma sociedade menos intolerante. Ademais, cabe ao Estado o direcionamento de capital para que ações afirmativas sejam promovidas, o que possa proporcionar maior integração entre minoria e maioria, além de buscar eliminar existente na nação  brasileira. Com tais medidas, o fato será, gradativamente, apaziguado.