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Enviada em: 27/04/2019

A Declaração Universal dos Direitos Humanos – promulgada em 1948 pela ONU – assegura a todos os indivíduos o direito à paz e bem-estar social. No entanto, os frequentes casos de intolerância contra minorias, tanto na esfera real como na virtual, impedem que as minorias experimentem esse direito na prática. Com efeito, não é razoável que um país que queira alçar a condição de “desenvolvido socialmente” tenha uma população com atitudes discriminatórias, e isso deve ser analisado com cautela e atenção. A princípio, a cultura do preconceito presente no Brasil é obstáculo para a erradicação da intolerância contra negros, mulheres, membros da comunidade LGBTQAI, indígenas, idosos, imigrantes, entre outros. A esse respeito, o sociólogo Sergio Buarque de Holanda relata em sua obra “Raízes do Brasil” que o indivíduo tende a agir motivado por impulsos emocionais – fenômeno conceituado como “cordialidade”. Buarque afirma que algumas atitudes são tomadas sem que seja considerada as consequências, já que ocorrem de modo espontâneo. Ocorre que essas características imprudentes podem se manifestar de modo agressivo e reiterado, tornando os casos de intolerância comuns, podendo ser intrínseco a cultura defendida por Sergio Buarque. Contudo, essa prática nociva se mostra um problema social grave e deve ser repudiada pelos brasileiros. Outrossim, para o filósofo inglês Thomas Hobbes, o homem é essencialmente mau e egoísta. Sua teoria, encontrada em “O Leviatã”, escrita entre os séculos XVI e XVII, evidentemente se aplica na contemporaneidade. Sob esse ângulo, graças ao advento das tecnologias trazidas pela 4ª Revolução Industrial e o substancial acesso à informação e a liberdade de expressão tornam comportamentos intolerantes contra pessoas historicamente oprimidas ainda maiores. Diante disso, segundo o secretário geral da ONU, António Guterres, os discursos de ódio aumentaram, principalmente advindos de grupos extremistas, que atacam etnias, religiões e toda e qualquer pluralidade cultural. Um exemplo recente de intolerância é a censura pelo presidente Jair Bolsonaro à diversidade racial mostrada na publicidade do Banco do Brasil. Por conseguinte, enquanto a atitude da sociedade for hostil, as minorias brasileiras serão obrigadas a conviver com a grave problemática: discriminação e ódio. Urge, portanto, que as premissas da Declaração Universal de Direitos Humanos sejam respeitadas e finalmente postas em prática. Para isso, é necessário que os veículos midiáticos produzam campanhas que possam despertar o senso de empatia na população, por meio de ficções comprometidas, para exibir os malefícios que as discriminações de minorias causam, a fim de trazer repúdio a tais comportamentos intolerantes. Ademais, é de suma importância que haja palestras nas escolas públicas e particulares por ONGs engajadas nas causas sociais, para que os jovens possam ser esclarecidos a não reproduzirem hostilidade e ampliar o respeito às diferenças desde a juventude. Assim, o país caminhará para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. A Declaração Universal dos Direitos Humanos – promulgada em 1948 pela ONU – assegura a todos os indivíduos o direito à paz e bem-estar social. No entanto, os frequentes casos de intolerância contra minorias, tanto na esfera real como na virtual, impedem que as minorias experimentem esse direito na prática. Com efeito, não é razoável que um país que queira alçar a condição de “desenvolvido socialmente” tenha uma população com atitudes discriminatórias, e isso deve ser analisado com cautela e atenção. A princípio, a cultura do preconceito presente no Brasil é obstáculo para a erradicação da intolerância contra negros, mulheres, membros da comunidade LGBTQAI, indígenas, idosos, imigrantes, entre outros. A esse respeito, o sociólogo Sergio Buarque de Holanda relata em sua obra “Raízes do Brasil” que o indivíduo tende a agir motivado por impulsos emocionais – fenômeno conceituado como “cordialidade”. Buarque afirma que algumas atitudes são tomadas sem que seja considerada as consequências, já que ocorrem de modo espontâneo. Ocorre que essas características imprudentes podem se manifestar de modo agressivo e reiterado, tornando os casos de intolerância comuns, podendo ser intrínseco a cultura defendida por Sergio Buarque. Contudo, essa prática nociva se mostra um problema social grave e deve ser repudiada pelos brasileiros. Outrossim, para o filósofo inglês Thomas Hobbes, o homem é essencialmente mau e egoísta. Sua teoria, encontrada em “O Leviatã”, escrita entre os séculos XVI e XVII, evidentemente se aplica na contemporaneidade. Sob esse ângulo, graças ao advento das tecnologias trazidas pela 4ª Revolução Industrial e o substancial acesso à informação e a liberdade de expressão tornam comportamentos intolerantes contra pessoas historicamente oprimidas ainda maiores. Diante disso, segundo o secretário geral da ONU, António Guterres, os discursos de ódio aumentaram, principalmente advindos de grupos extremistas, que atacam etnias, religiões e toda e qualquer pluralidade cultural. Um exemplo recente de intolerância é a censura pelo presidente Jair Bolsonaro à diversidade racial mostrada na publicidade do Banco do Brasil. Por conseguinte, enquanto a atitude da sociedade for hostil, as minorias brasileiras serão obrigadas a conviver com a grave problemática: discriminação e ódio. Urge, portanto, que as premissas da Declaração Universal de Direitos Humanos sejam respeitadas e finalmente postas em prática. Para isso, é necessário que os veículos midiáticos produzam campanhas que possam despertar o senso de empatia na população, por meio de ficções comprometidas, para exibir os malefícios que as discriminações de minorias causam, a fim de trazer repúdio a tais comportamentos intolerantes. Ademais, é de suma importância que haja palestras nas escolas públicas e particulares por ONGs engajadas nas causas sociais, para que os jovens possam ser esclarecidos a não reproduzirem hostilidade e ampliar o respeito às diferenças desde a juventude. Assim, o país caminhará para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.