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Enviada em: 08/05/2019

Em " Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa apresentou o sertão mineiro por meio de minorias, tem-se o jagunço, o pobre, o marginalizado e questões homoafetivas. Bem como na obra, no mundo há diferentes classes e grupos sociais. O problema é quando esses são alvo de intolerância e punidos, com o ódio, por uma condição que faz parte do seu ser. Dessa maneira, é mister debater à cerca do assunto e antever ataques contra eles.       A liberdade de expressão é prevista na Constituição Federal do Brasil. No entanto, ao seu lado, tem-se os direitos dos homens e cidadãos que não distinguem raça, cor ou sexo. Ademais, com a difusão dos meios de comunicação, "a internet deu voz aos tolos" como disse o escritor Umberto Eco. Ou seja, a população passou a dizer qualquer coisa nas redes sociais, atingir milhares de outras pessoas e confundirem opinião e discurso de ódio. O segundo é proferido, principalmente, contra mulheres, negros e homossexuais e, logo, fere a integridade e a ideologia de muitos. Representa uma forma de agredir e, assim, inteirar aos grupos considerados maioria.       Nessa mesma linha de raciocínio, Riobaldo, no livro de Rosa, é um jagunço diferente, mas que é afetado pelo meio em que se encontra. Muitas vezes ele toma decisões erradas com o intuito de se integrar a um grupo social. A mesma situação ocorre na sociedade. Entretanto, tais discursos e ações intolerantes causam o ódio generalizado e podem tornar normal aquilo que deve ser punido. Segundo o jornal O globo, por exemplo, o Brasil é o país em que mais se mata travesti no mundo de acordo com uma pesquisa de uma organização europeia. Ou seja, um ato discriminante com a identidade de gênero.       É necessário, portanto, dar lugar na sociedade às minorias e punir aqueles que disseminam sentimentos e agressões negativas. Por isso, o governo brasileiro precisa criar leis com regras claras para combater tais ações. Outrossim, por meio das redes sociais, demonstrar à população as diferenças entre ter uma opinião e atacar ao outro por ser diferente do que no passado era imposto como "normal". Assim como Guimarães Rosa criou uma obra universal em que qualquer homem pode se identificar dentro do sertão, o ministério da Educação deve levar práticas de empatia às escolas e isso pode ser feito por meio da literatura e história. Uma equipe de professores tem que ser designada para debaterem juntos aos alunos questões sobre a mulher, o negro e homossexuais. Dessa forma, por conseguinte, constroi-se um ambiente escolar que é capaz de lidar com todas as diferenças e sem medo do desconhecido. E, então, evita-se ataques às minorias como forma de tentar se proteger e se encaixar em grupos sociais conforme foi feito pelo personagem Riobaldo quando perde sua identidade.