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Enviada em: 30/05/2019

O darwinismo social, uma teoria distorcida por potências industrializadas no neocolonialismo, foi usado para justificar o domínio sobre outros territórios ditos de raças inferiores. De maneira análoga, convicções censuráveis sobre superioridade ainda permanecem e refletem uma conjuntura de intolerância e discursos de ódio contra minorias na sociedade brasileira. Seja por desrespeito aos direitos já garantidos dessa fração social, seja por estruturas de amparo insuficientes.            Nessa perspectiva, a sociedade não efetua as leis que garantem anteparo ás minorias. Isto posto, o princípio de isonomia, que rege a constituição brasileira vigente, garante a igualdade de todos cidadãos perante a lei. No entanto, há a necessidade de minorias como a sociedade LGBTI, indígenas, deficientes, negros e mulheres, se afirmarem a todo instante para reivindicar os seus direitos, uma vez que o preconceito impõe desafios para a sua ascensão. Com isso, leis como a de cotas para deficientes em vagas de emprego, a lei maria da penha e a lei que criminaliza o racismo são tentativas para conter a intolerância e assegurar os seus direitos, embora muitas vezes ineficazes pelo discurso de ódio dentro da sociedade e pela impunidade dos infratores.         Nesse cenário, o estado não disponibiliza estruturas eficazes que penitenciam a violação das leis comprometidas com a defesa dos direitos das vítimas. Sob essa ótica, o filme Crash demonstra a realidade sobre o racismo sofrido por negros perante agentes de defesa pública, uma vez que comparados com pessoas brancas, são na maioria das vezes postos como principais suspeitos por delitos e possuem pouca representatividade nesse setor público. Nesse contexto, é inegável que a intolerância ao atingir  órgãos públicos que a princípio devem proteger as minorias que carecem de um suporte maior, já que estão em desvantagem social, acarreta no aumento de crimes, posto que a corporação deve agir como exemplo ao resto da população e não  pune os culpados, pois também age com discriminação.           Logo, esse quadro de preconceito que denigre grande parte da população brasileira deve ser erradicado. Portanto, o MEC por meio das universidades, deve enfocar o debate sobre o respeito às minorias na formação de professores, para no futuro esses profissionais abordarem o tema nas escolas e formarem jovens íntegros que não perpetuem o desrespeito atual. Ademais, o estado à partir do poder legislativo deve proporcionar mais cotas em concursos públicos para aumentar políticas afirmativas para ampliar a representatividade e o amparo dessa camada populacional. Outrossim, campanhas midiáticas devem ser utilizadas como reforço para campanhas de valorização da diversidade e incentivo a denúncia e, desse modo, extinguir os resquícios do  darwinismo social.