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Enviada em: 12/06/2019

A obra, pré-modernista, “os Sertões ‘’ de Euclides da Cunha retrata a Guerra de Canudos, movimento organizado por uma minoria, que objetivava por melhores condições de vida, além do reconhecimento da identidade sertaneja, pois tal grupo era negligenciado pelo Poder Público.  Tendo em vista esse contexto, nota-se que na contemporaneidade ainda persiste a intolerância e o discurso de ódio contra minorias, proveniente de raízes históricas e pela ausência de legislação específica contra esse tipo de violência.  Desse modo, a inercia estatal diante essa situação contribui para a permanência dessa segregação seja por: gênero, raça ou opção sexual.        Em primeiro plano, é inegável que segundo a perceptiva do sociólogo Sergio Buarque de Holanda, no livro “Raízes do Brasil”, o processo de construção da civilização brasileira foi marcado por segregação.   Desse modo, grupos minoritários como por exemplo: os negros, indígenas, mulheres e homossexuais possuem um passado de marginalização de modo que não são considerados como constituintes da sociedade civil.  Assim, tal cenário persiste atualmente, por parte dos grupos dominantes e economicamente favorecidos, sendo motivado pela ignorância.  Em segundo plano, percebe-se que com a democratização ao acesso à tecnologia, grande parcela dos brasileiros têm acesso as redes sociais, de modo que nesse ambiente “sem lei “como afirma o filosofo Luiz Pondé, as pessoas estão livres para se expressarem da forma que desejarem.   Assim, o anonimato virtual, torna a internet um ambiente propício para afloração de pensamentos machistas, racistas, misóginos e homofóbicos favorecendo, logo, discurso de ódio e a intolerância.  Dessa maneira, por não existe uma legislação exclusiva e rigorosa para crimes de tal natureza, esse cenário de preconceito contra as minorais prevalece, repercutindo um sistema opressor, que teve sua origem no processo de colonização do Brasil.     Portanto, diante dos argumentos supracitados, faz-se necessária atuação do estado junto a sociedade a fim de amenizar essa problemática.  Sendo assim, urge ao Ministério da Cultura, aliado ao Ministério da Comunicação e Tecnologia, desenvolver campanhas publicitárias, que desqualificam os discurso do ódio, sendo divulgadas por meio da mídia digital, a fim de promover nos usuários das redes sociais a reflexão sobre a importância da tolerância e do reconhecimento da singularidade de todos os indivíduos na sociedade.  Ademais, também é preciso que o poder Legislativo ,por meio de PEC (Programa de Emenda Constitucional ), crie leis para punir os autores e propagadores de discurso de ódio, para que essa visão preconceituosa seja amenizada, visto que é um tipo de violência.  Somente assim, com aplicação de tais medidas, será viável mitigar esse problema.