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Enviada em: 16/06/2019

Uma conhecida canção de Geraldo Vandré afirma que "somos todos iguais, braços dados ou não". Isso significa que todos os homens e mulheres de qualquer povo, raça, religião, opção política e sexual, concordando ou não uns com os outros, são iguais em sua dignidade e merecem respeito. Na prática, vê-se por todo o mundo crimes de ódio contra minorias.       Nesse sentido, o Brasil registrou em 2018 mais de mil feminicídios, segundo o Observatório da Violência. Já o Grupo Gay da Bahia contabilizou mais de 400 mortes de homossexuais em 2017 por razões de gênero. Enquanto que no mundo inteiro a ONG Portas Abertas apontou um crescimento de 40% na morte de cristãos decorrentes de perseguições de grupos extremistas. Já na Europa, cresce os discursos de ódio contra imigrantes sírios.       Assim, percebe-se que a intolerância do homem contra o seu semelhante é um comportamento observado universalmente. O que muda são as "razões do ódio", os grupos dominantes e as minorias em desvantagens social, econômica, psíquica ou física. A fim de mudar esse cenário, deve-se aspirar a vivência plena do que prega a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 70 anos.       O preâmbulo da citada declaração afirma que a família humana deve primar pelos direitos humanos como forma de evitar qualquer ato de barbárie. Um dos piores exemplos históricos contra uma minoria foi o massacre de judeus no Holocausto. Dessa forma, governos do mundo todo precisam punir crimes de ódio e proteger as minorias, como no Brasil que criou-se a lei do feminicídio e mais recente foi criminalizada a homofobia.        Por todo o mundo há discussões do que seja discurso de ódio e do que seja liberdade de expressão, esse limite deve estar claro na legislação. Assim, o poder legislativo brasileiro deve discutir essa questão e criar uma lei que puna quem incite ou propague discursos de ódio. A liberdade é um direito de todos, desde que não fira a dignidade de ninguém.