Materiais:
Enviada em: 06/06/2019

De acordo com o britânico Clement Attlee, "A democracia não é apenas a lei da maioria, é a lei da maioria respeitando os direitos das minorias". No atual contexto brasileiro, esse conceito de democracia está deturpado: a intolerância e o discurso de ódio contra minorias são recorrentes e pouco repreendidos. Se, por um lado, as diferenças não são respeitadas; por outro, o ódio é facilmente difundido na sociedade.       A priori, minorias não estão sempre em menor número no corpo social. Esse termo refere-se a um grupo de pessoas que se encontram em desvantagem social. Tal desvantagem é decorrente da dificuldade, de grande parte dos indivíduos, de aceitarem as diferenças daquele que não se encaixa no padrão de vida imposto pela sociedade. Diante disso, aqueles que que se opõem a tal padrão são considerados inferiores. Logo, a discriminação surge como protesto às diferentes formas de ser e agir, o que impede a pluralidade e a liberdade de expressão.       Ademais, o discurso de ódio permeia facilmente a sociedade brasileira. Conforme Kant pregava, o homem alcança a "maioridade humana" quando liberta-se da opinião alheia e pensa de forma autônoma. Sendo assim, a maioria dos brasileiros estão no estágio de "minoridade humana", pois reproduzem discursos e pensamentos rasos e sem embasamento, entre eles, as falas preconceituosas e repressivas. Diante disso, a atitude extrema da intolerância e do preconceito -o ódio- repercute no corpo social ininterruptamente. Com isso, esses discursos tornam-se substantivamente poderosos, ameaçando e silenciando as minorias.       Entende-se, portanto, que a intolerância é recorrente no Brasil e deve ser combatida. Nesse sentido, o Ministério da Educação deve intervir nas instituições de ensino, promovendo a instrução do corpo docente a educar as crianças a praticarem o respeito e a tolerância. Isso deve ser feito por meio de atividade que apresentem diferentes tipos de etnias, culturas e pensamentos aos alunos -principal potencial de mudança social- para que se acostumem, desde jovens, a aceitar as diferenças. Assim, o país estará caminhando para um futuro no qual a democracia realmente fará jus aos direitos das minorias.