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Enviada em: 09/06/2019

Na coletânea literária Harry Potter, personagens filhos de pais que não eram bruxos são chamados de "sangue ruim". No decorrer da trama, fica nítido que esses eram uma minoria entre a comunidade bruxa e, assim como as minorias da vida real, sofriam preconceito por parte do resto da população. Fora dos livros, a intolerância que atinge grupos minoritários dá-se pois elas afrontam as relações de poder vigentes na sociedade e um dos frutos desse ódio é a instabilidade social.       Em primeira instância, Nelson Mandela, líder africano, afirmava que "para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar". Todavia, ainda que o Brasil seja resultado de um intenso processo de miscigenação, as instituições de ensino públicas do país não atuam com eficácia na construção de valores inclusivos e de respeito às diferenças. O reduzido percentual de negros e índios nas universidades, a diferença expressiva do piso salarial entre homens e mulheres e o preconceito contra praticantes de matrizes africanas, por exemplo, reforçam a necessidade de impulsionar a igualdade através da educação.       Outrossim, uma das principais consequências dessa intolerância é a instabilidade social gerada por choques ideológicos entre esses diferentes subgrupos da comunidade. De acordo com o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, a igualdade só poderá der alcançada quando as culturas entrarem em um diálogo fundamentado no respeito mútuo, coisa que está longe de ocorrer. Atualmente, o Brasil vive um período marcado pela falta desse aspecto e é notório como esse tipo de pesamento afeta negativamente o bem estar dos grupos minoritários, que tem sua luta constantemente distorcida e desrespeitada.      Portanto, O Ministério da Educação deve incentivar, nas escolas públicas do país, por meio de mostras pedagógicas, a disseminação de informações históricas e culturais acerca das minorias populacionais, como negros e LGBTs, por exemplo, a fim de promover o respeito e a valorização dessas parcelas sociais. Ademais, as prefeituras municipais devem asseverar, em espaços públicos, a realização de palestras que contem com a participação da comunidade civil e impulsionem a adoção de valores e ideais mais inclusivos, de forma a garantir a integração efetiva dos cidadãos.