Na coletânea literária Harry Potter, personagens filhos de pais que não eram bruxos são chamados de "sangue ruim". No decorrer da trama, fica nítido que esses eram uma minoria entre a comunidade bruxa e, assim como as minorias da vida real, sofriam preconceito por parte do resto da população. Fora dos livros, a intolerância que atinge grupos minoritários dá-se pois elas afrontam as relações de poder vigentes na sociedade e um dos frutos desse ódio é a instabilidade social. Em primeira instância, Nelson Mandela, líder africano, afirmava que "para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar". Todavia, ainda que o Brasil seja resultado de um intenso processo de miscigenação, as instituições de ensino públicas do país não atuam com eficácia na construção de valores inclusivos e de respeito às diferenças. O reduzido percentual de negros e índios nas universidades, a diferença expressiva do piso salarial entre homens e mulheres e o preconceito contra praticantes de matrizes africanas, por exemplo, reforçam a necessidade de impulsionar a igualdade através da educação. Outrossim, uma das principais consequências dessa intolerância é a instabilidade social gerada por choques ideológicos entre esses diferentes subgrupos da comunidade. De acordo com o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, a igualdade só poderá der alcançada quando as culturas entrarem em um diálogo fundamentado no respeito mútuo, coisa que está longe de ocorrer. Atualmente, o Brasil vive um período marcado pela falta desse aspecto e é notório como esse tipo de pesamento afeta negativamente o bem estar dos grupos minoritários, que tem sua luta constantemente distorcida e desrespeitada. Portanto, O Ministério da Educação deve incentivar, nas escolas públicas do país, por meio de mostras pedagógicas, a disseminação de informações históricas e culturais acerca das minorias populacionais, como negros e LGBTs, por exemplo, a fim de promover o respeito e a valorização dessas parcelas sociais. Ademais, as prefeituras municipais devem asseverar, em espaços públicos, a realização de palestras que contem com a participação da comunidade civil e impulsionem a adoção de valores e ideais mais inclusivos, de forma a garantir a integração efetiva dos cidadãos.