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Enviada em: 09/06/2019

Na série americana "Todo mundo odeia o Chris", o protagonista, por ser negro, acaba sendo exposto a inúmeras situações abjetas, como dentro do meio escolar, de maioria branca, no qual é vítima das agressões de Caruso. De maneria análoga, fora da ficção, tal quadro de intolerância e ódio faz-se uma realidade às minorias no Brasil hodierno, de modo a fomentar um cenário antidemocrático. Com isso, fica claro o impasse, seja pela insuficiência estatal, seja pela apatia cívica.   Decerto, avanços favoráveis à proteção das minorias foram concretizados, a exemplo da criminalização da homofobia, o que amplia as ferramentas de combate. Porém, a conjuntura é vulnerável, haja vista que a taxa de feminicídio ainda cresce no país, segundo o Mapa da Violência. Assim, nota-se o rompimento das gestões públicas com a óptica de Thomas Hobbes, a qual pontua o Estado como responsável pela harmonia coletiva, pois, apesar do conflito, há a falta de políticas efetivas.    Outrossim, vale ressaltar o posicionamento apático social como grande impulsionador da problemática. Nesse ínterim, a carência de repúdio civil contra a normatização do discurso de ódio propagado dentro da internet, como o não compartilhamento de conteúdo intolerante nas redes sociais, é manifesta. Dessa forma, observa-se a atuação da inércia de Newton, a qual aponta a continuidade da estrutura de um corpo até a ação de uma força externa, porque, sem o imperativo ativo cidadão, a ordem vigente é mantida.     Infere-se, portanto, a necessidade de medidas que revertam o problema. Nesse caso, cabe às prefeituras a ampliação do corpo de combate ao discurso de ódio e intolerância contras as minorias, por meio de postos de apoio e fiscalização dentro dos bairros e da internet, afim de atenuar a questão. Ademais, compete às associações comunitárias, aliadas às famílias e escolas, estimular a empatia, com o uso de amostras fotográficas e mobilizações, para reduzir a apatia atual. Destarte, a realidade vista na nação não será análoga à da série americana.