Materiais:
Enviada em: 10/06/2019
A intolerância e o discurso de ódio contra as minorias estão presentes no Brasil desde a colonização, com a dizimação da população indígena e a escravização dos negros. Hoje, com o crescimento da ideologia do conservadorismo as pessoas se sentem no direito de legitimar o discurso de ódio contra os grupos minoritários, colocando em risco a vida dos mesmos. As minorias não, necessariamente, são os menores em quantidade, mas são os que estão em contexto de vulnerabilidade na sociedade, por não existirem leis suficientes para assegurar os seus direitos. Devido a isso, os excluídos utilizam de ações públicas e estratégias de discurso para atingir a consciência coletiva e afirmar os seus direitos com passeatas e manifestações. Exemplo disso, a ''marcha das vadias'' que ocorre todos os anos levando às ruas milhões de mulheres que buscam ter os seus direitos assegurados e serem vistas na sociedade. Com o crescimento da onda do conservadorismo no Brasil, nos últimos anos, há o aumento da violência e discurso de ódio contra as minorias. Por exemplo, um dado divulgado pelo ONG Transgender Europe mostra a crescente violência que ocorre no país contra pessoas transgênero, o que levou o Brasil ao ranking de liderança de assassinato a transexuais. Essa realidade é perceptível com o caso de Dandara dos Santos, mulher trans espancada e executada a tiros pelo fato de ser transgênero. Lamentavelmente, a recorrência de casos como esse reafirma a importância da criação de medidas protetivas a favor desses grupos. Devido essa problemática, há necessidade de intervenção quanto a estrutura social. Isso pode ser feito com a criação de leis que assegurem os direitos desses grupos, campanhas e palestras socioeducativas nas escolas sobre a diversidade existente. E fica papel do poder legislativo a criação dessas leis, e do poder judiciário a efetivação da lei criada. Dessa forma podemos assegurar melhor qualidade de vida para os grupos minoritários.