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Enviada em: 17/06/2019

Segundo o filósofo Pierre Bourdieu, a Violência Simbólica caracteriza-se como a imposição moral ou física de uma ideologia dominante, a qual irá oprimir os valores e pensamentos das minorias no âmbito político-social.Hodiernamente,no Brasil, nota-se,infelizmente, o seguimento de tal assertiva no que concerne em especial aos inúmeros casos de intolerância sofridos pelos grupos minoritários, os quais são impulsionados pela sociedade líquida e a omissão do Estado.   É importante salientar,a princípio, que os diminutos laços interpessoais do corpo social brasileiro corrobora o andamento da problemática.Uma vez que, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, em tempos de pós-modernidade, o amor líquido perdura no meio social,caracterizando, os indivíduos nele inseridos como egocêntricos e desrespeitosos.Sob essa ótica,percebe-se que, o discurso de ódio proferido por uma parcela significativa da camada maioritária se baseia ,principalmente, na falta de solidez e empatia com o próximo, apenas por esse apresentar características e/ou culturas diferentes,sendo tais traços vistos como ameaçadores da integridade social,confirmando,por conseguinte, a lógica Bourdiesiana e aumentando a exclusão das minorias na comunidade.   Outrossim, a negligência do Estado é um dos principais fatores para a perpetuação do impasse.Isso porque, apesar do Artigo 3 inciso IV da Constituição Federal assegurar o dever nacional de promoção do bem a todos sem preconceitos de origem,raça,sexo ou quaisquer outras formas de discriminação, tal deliberação não ocorre de forma efetiva; haja vista que, o país ainda carece de investimentos que auxiliem na equidade de direitos aos grupos minoritários- negros,LGBT´s, índios-  como criação de departamentos exclusivos para tais causas, leis que garantam a proteção eficaz e programas de reintegração social dos mesmos.Desse modo, com a passividade governamental, dificulta-se a garantia legal de um direito inerente ao humano.   Portanto, de acordo com os fatos supracitados, faz-se mister a atuação do Estado e da Escola no combate do empecilho.Com isso, o Governo Federal junto com o Ministério Público,deve, a partir de políticas públicas, fomentarem leis que induzam uma melhoria na qualidade social das minorias, tal como a convocação de grupos destinados exclusivamente para a defesa dos direitos, polícias especializadas no combate à disseminação do ódio e programas que introduzam os excluídos ao meio social, com o fito de aumentar a expressividade e voz dos grupos marginalizados.Além disso , cabe a escola, implantar em sua carga horária, aulas que ensinem sobre o respeito ao diferente, e a heterogeneidade do Brasil, norteando adelgaçar a liquidez e a intolerância.Por fim, tem-se um país no qual a ótica simbólica de Pierre Bourdieu não fará efeitos notórios.