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Enviada em: 15/06/2019

Execução de pessoas deficientes na Grécia Antiga.Perseguição aos hereges e protestantes na Europa Medieval.Genocídio de judeus na Alemanha Nazista. A história da humanidade foi marcada por diversas atrocidades cometidas por intolerância, desprezo e não aceitação de indivíduos com comportamentos ou ideias diferentes do padrão vigente em cada momento histórico específico. Hodiernamente, observa-se o acirramento da intolerância e do discurso de ódio nas sociedades que evidenciam a falta de amparo legal para os grupos minoritários e a construção de uma cultura hostil à determinados grupos.   Convém ressaltar, a princípio, que a falta de amparo legal, ou até mesmo de execução das leis já existentes, para os grupos minoritários, contribui para que a discriminação perpetue-se na sociedade.O artigo 7° da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos são iguais perante a lei e têm direito, sem distinção, a igual proteção da lei, no entanto, indivíduos pertencentes à segmentos mais vulneráveis ainda são violentados psicologicamente e fisicamente, tal ciclo vicioso de agressões se perpetua pois, em muitos casos, a intolerância está tão consolidada na sociedade que a vítima não reconhece tais humilhações em sua essência criminosa.Além disso, quando há denúncia da agressão sofrida, a pessoa pode ter seu depoimento desacreditado pelas instituições que deveriam ouvi-la o que, mais uma vez, desencoraja a denúncia e estimula mais práticas criminosas, uma vez que não há punição.     Consoante a essa dimensão jurídica insere-se o aspecto cultural da questão. Quando Marcos Rolim, jornalista e sociólogo brasileiro, afirma que para se estabelecer o discurso intolerante é preciso criar uma base teórico-discursiva, ainda que rudimentar, ilustra a construção cultural dos discursos de ódio, tendo em vista que essa formação ocorre nas mais diversas esferas de socialização seja na família, escola ou até mesmo instituições religiosas.Desse modo, a intolerância construída desde a mais tenra idade legitima a exclusão, o desprezo e a não convivência com aqueles que são diferentes o que além de causar violência psicológica e até mesmo física em tais indivíduos resulta em uma perda irreparável para humanidade no que se pode aprender convivendo com a diversidade.   Evidencia-se, portanto,que aspectos jurídicos e culturais contribuem para que a intolerância e o discurso de ódio se firmem na sociedade.Logo, é preciso que as escolas como meio fundamental de construção da cidadania, criem atividades diferenciadas com os alunos nas quais os professores de disciplinas da área de humanas possam apresentar trechos de leis e discutir os aspectos destrutivos da intolerância, a fim de garantir a igualdade prevista em lei e evitar tragédias humanas.      Evidencia-se, portanto, que