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Enviada em: 17/04/2018

"A Internet está se tornando a praça da cidade na qual o mundo se transformará amanhã". Foi essa a frase que, em 1999, o magnata Bill Gates proferiu sobre o advento da Internet. Agora o mundo, cada vez mais, encontra-se virtualizado, desde transações financeiras às redes sociais. Contudo, a chegada desses portais de comunicação também permitiram a fácil difusão de discursos de ódio e intolerância nas redes virtuais, ora pelo anonimato, ora por uma falta de policiamento nesses ambientes.       Em primeira análise, cabe pontuar que o relativo subterfúgio que a Internet permite aos seus usuários é uma principal causa das expressões virtuais de ódio. Uma prova disso é a facilidade com que um indivíduo pode abrir diversas contas em uma mesma rede social, sem que ele necessite colocar dados verídicos de autenticação sobre si mesmo. Assim pode expressar suas opiniões de maneira anônima e, caso sua conta seja deletada, ainda há diversas outras as quais ele pode utilizar para esse fim.      Ademais, convém frisar que a ausência de efetivos sistemas de policiamento também facilita a pregação das mentalidades hostis nas conjunturas cibernéticas. Comprova-se isso por meio do depoimento oferecido pelo especialista em cibercrimes da Polícia Civil de São Paulo,  José Mariano de Araújo Filho, o qual admite que a patrulha virtual requer alto conhecimento em redes e em banco de dados, duas vertentes em que o Brasil encontra-se atrasado em relações aos países de primeiro mundo.         Portanto, são necessárias medidas para solucionar a problemática em questão. Primeiramente as companhias de redes sociais devem implementar o rastreamento de IP no processo de criação de perfis, de forma que diversas contas não possam ser criadas em um mesmo local. Também devem incluir sistemas que automaticamente relatem crimes de ódio às autoridades, quando detectados em seus canais virtuais. Por outro lado, o Governo Federal deve investir no desenvolvimento de redes e banco de dados mais eficientes, de forma que a Polícia possa agir melhor no cenário cibernético. Assim, o futuro previsto por Bill Gates será positivo.