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Enviada em: 30/04/2018

Preterida e alarmante. Eis como classificar o binômio redes sociais-intolerância no Brasil. Isso se relaciona à conservação de uma cultura descriminatória, aliado à falta de ações governamentais.     Em primeiro lugar, segundo uma pesquisa realizada pelo site g1, em casa dez pessoas sete já fizeram comentários descriminatórios relacionados a negros, homossexuais, deficientes e outras minorias. Esse dado evidencia a persistência da intolerância na sociedade, a qual se transmite potencialmente nas redes sociais, perpetuando a manutenção de estereótipos de inferioridade. Diante disso, a atuação da comunidade escolar é imprescindível. Pois conforme afirmou o filósofo Imanuel Kant:''É no problema da educação que se assenta o aperfeiçoamento da humanidade''.    Em segunda análise, é válido salientar a existência da lei 12.737 que garante o combate à ataques virtuais. No entanto, pouco se faz a partir dessa teoria, posto que é evidente o descaso das instituições de justiça e seus profissionais. Cita-se por exemplo a demora a demora em análise de queixas além de arquivamento de casos sem soluciona-los.Tal fato se opõe ao proposto pelo filósofo Aristóteles na obra ''Ética a Nicômaco'': ''A prática é o principal meio de instrução no caso das coisas que só fazemos bem quando sabemos fazer''.     Fica evidente,pois, que cabe ao Poder público juntamente ao Ministério da Educação promover a reflexão sobre ética, respeito e igualdade. Isso através de palestras e diálogos entre alunos e profissionais das áreas de filosofia, sociologia e antropologia. Outrossim, faz-se necessário o maior empenho jurídico a fim de garantir a prática de lei 12.737, fiixando prazos e metas de resposta ás vítimas. Além disso, promoverem com maior frequência a Semana Ncional da Conciliação visando solucionar casos antigos. Só assim tornar-se-á possível modificar o cenário de ódio e intolerância cibernética.