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Enviada em: 01/05/2018

Segundo a ética deontológica de Immanuel Kant, todos tem o dever de fazer o certo. No entanto, tal valor encontra-se deturpado na contemporaneidade, devido à intolerância e o discurso de ódio ampliados por conta do uso indevido das redes sociais, que corrobora para o desrespeito aos direitos humanos. E assim, agravantes sociológicos com dimensões imensuráveis são causados.    Primeiramente, é valido apontar que o avanço da internet expandiu os discursos homofóbicos, xenófobos, machistas e racistas. Pois no ambiente virtual o índice de punições é menor, dessa forma, indivíduos desprovidos de boas bases socioeducativas tem a facilidade de ferir os limites da liberdade de expressão, e tecem o ódio por meio de comentários, piadas e páginas fakes com o objetivo de sentirem-se superiores ao menosprezar características referentes à outrem.    Nesse contexto, vale ressaltar a tese de John Locke, na qual o ser humano é uma tela branca moldada a partir de suas experiências. Desse modo, grupos minoritários ao se depararem constatemente com a intolerância a seu respeito, são influenciados por vivências negativas e tendem a se autoexcluir do meio social, pois estão ameaçados moralmente. Sendo tal fator uma mazela aos direitos cívis garantidos pela constituição, afinal, há cidadãos obrigados a omitirem seus valores para não serem violentados virtualmente.    Torna-se evidente, portanto, a necessidade de medidas para extinguir a opressão ocasionada pelo ódio. É preciso que o Ministério da Educação estabeleça atividades lúdicas demonstradoras da importância de se respeitar às diferenças, a fim de formar seres tolerantes, e também, é imprescindível a ação do judiciário para capacitar fiscalizadores que promovam penalizações eficazes a quem cometa os atos citados. E dessa forma, tornar-se-á uma sociedade seguidora dos preceitos Kantianos.