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Enviada em: 11/05/2018

A Constituição de 1998 trouxe a liberdade de expressão como uma forma de manifestar o pensamento desde que não agrida outros indivíduos. Entretanto, não é isso que se percebe no ambiente virtual, no qual discursos de ódio são comumente praticados pelos usuários. Isso ocorre não só por acreditarem que as redes sociais tornaram-se uma "terra sem lei", como também acarreta diversas consequências para a sociedade. Os limites da liberdade de expressão acabam sendo ultrapassados a partir do momento que a ilusão de estar protegido por uma tela de computador ou celular ganha lugar, e sendo assim, injúrias, calúnias, difamação, comentários negativos pelo fato de não ser da mesma etnia, religião ou partido político são praticados. Já dizia o sociólogo Dahrendof, "A anomia é uma condição social onde as normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade", no qual demonstra a ineficiência de punições para essas ações e até mesmo uma maior tolerância quando são os jovens menores de 18 anos os praticantes. Além disso, o sociólogo Zygmunt Bauman exemplifica que o egocentrismo e o individualismo, consequentes da lógica capitalista, fazem com que as relações sociais sejam artificiais e não valorizadas, fato que contribui para discursos de ódio nas redes sociais. Grande parte das vítimas entram em depressão, cometem suicídio e muitas vezes tornam-se precursores das próximas ações de preconceitos com outras pessoas na internet, o chamado cyberbulling, trazendo a ideia de Newton de que toda ação exige uma reação. Dessa forma, é imprescindível que medidas devem ser tomadas para o ambiente virtual tornar-se fortalecedor das relações sociais, com o direito de cada cidadão sendo respeitado. O Ministério da Educação em parceria com as escolas devem realizar palestras para conscientizar e ensinar a usar as redes sociais para o bem da coletividade. O código penal deve ser cumprido, havendo punição não apenas para quem posta, mas também para quem curte e compartilha, pois ajudam a repercutir o conteúdo.