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Enviada em: 04/10/2018

Com as redes sociais, compartilhar uma ideia ficou extremamente fácil. O problema é que essa facilidade, propiciou também a rápida disseminação de ideias intolerantes e discursos de ódio contra grupos. Na internet, os limites da liberdade de expressão são confundidos com a total autonomia para ser ofensivo e preconceituoso, com a falsa sensação de segurança e impunidade que o anonimato promete.    Nos últimos onze anos, a ONG Safernet, contabilizou um total de 4 milhões de denúncias de violações de direitos humanos no meio virtual brasileiro. Esse fato demonstra o crescente problema do alcance e aceitação de ideias preconceituosas e intolerantes nas plataformas digitais, que são propagadas para descriminar minorias, embora seja crime. Desse modo, cria-se um ambiente cibernético hostil e segregativo, o oposto do seu verdadeiro fim interativo.    A filósofa alemã Hannah Arendt defendia que a massificação da sociedade, criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, por isso, o mal torna-se banal. A ideia aplicada no âmbito virtual, enfatiza a problemática de discursos de ódio serem naturalizados e taxados como uso da liberdade de expressão, mesmo quando ataca e ofende o outro. Desse modo, a banalização desses atos, fornece um meio hospitaleiro para a compartilhação em massa de conceitos preconceituosos já existentes no cotidiano.     Tendo em vista os aspectos mencionados, faz-se necessário maior vigilância  no ambiente cibernético. Para isso, ONGS como a Safernet, devem promover campanhas nas redes sociais que incentivem a denúncia e os locais para prestá-la para a aplicação da punição, como prevista por lei. Juntamente, o Ministério da Educação deve incluir no plano didático, material que reforce os limites da liberdade de expressão, como medida de prevenção a longo prazo.