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Enviada em: 06/07/2018

"As redes sociais dão o direito à palavra a uma legião de imbecis". A crítica proferia pelo escritor italiano Umberto Eco apotou o poder da internet de propagar discursos negativos, antes proferidos apenas em bares. Ademais, no Brasil, a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais aumentou, consideravelmente, nos últimos anos. Isso se evidencia tanto pelo crescimento de páginas com conteúdos preconceituosos, quanto pela preocupação do Governo Federal em combater a intolerância na internet.   Inicialmente, cabe ressaltar que, segundo o jornal O Globo, as páginas que divulgam conteúdo sobre intolerância cresceram 203 % no Brasil. Além disso, o conteúdo destas páginas tem sido, notadamente,  um reflexo do comportamento de parte da população brasileira ao expor o preconceito racial, religioso, xenofóbico, misógino e homofóbico. Não há dúvidas de que o ódio sempre existiu, entretanto, a internet e a revolução nas comunicações deu espaço e voz aos intolerantes, como expôs Umberto Eco.   Além disso, de acordo com a Rádio Senado, o Governo Federal preocupa-se em com a segurança dos cidadãos brasileiros na internet. Nesse sentido, foi criado em 2015 o Humaniza Redes - Pacto Nacional de Enfrentamento às Violações de Direitos Humanos na Internet, com o objetivo de denunciar e prevenir tais violações. É inquestionável que o poder público deve estar, significativamente, atento ao descumprimento dos direitos humanos, inclusive no ambiente virtual.   Dessa forma, para combater o discurso de ódio nas redes sociais, é necessário, portanto, uma atuação contínua do Estado. Sendo assim, o Governo Federal deve, por intermédio do Ministério das Comunicações, intensificar as ações do Humaniza Redes através de campanhas publicitárias na internet, com o objetivo de compartilhar ações educativas e divulgar os contatos da Humaniza no Facebook, Twitter e outras redes. Espera-se, com isso, combater o preconceito e possibilitar atuações mais éticas e pacíficas nas mídias sociais brasileiras.