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Enviada em: 10/07/2018

Racismo. Misoginia. Xenofobia. Esses são alguns dos encausos que permeiam a realidade brasileira e que, gradativamente, têm afetado a harmonia e a moral as vítimas desses preconceitos. Contudo, a velocidade do compartilhamento de informações e ideiais, faz do mundo virtual um aparato perfeito para a disseminação desses discursos de ódio. Sob essa ética, é preciso destruir as bases desse impasse , que envolvem sobretudo o individualismo e a impunidade.     Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a melhor compreensão do projeto nazista que buscava eliminar determinados grupos indesejáveis, despertou a preocupação de legisladores em conter ideias que se baseiam em excluir um ser humano considerado "diferente". Entretanto, no Brasil, não há leis específicas para combater o discurso de ódio disseminado nas redes sociais. Nesse âmbito, a internet, vista como uma "terra sem lei", validam essas atitudes, pois passam um sentimento de impunidade. Assim, sem o medo de sofrer com uma punição, persistem em ferir a dignidade humana do outro.                Ademais, um fator considerável, é a falsa ideia de liberdade de expressão que as pessoas possuem. Todavia, esse direito fundamental não é absoluto. Diante dessa lógica, a partir do momento que um indivíduo ultrapassa o limite de liberdade de expressão, agredindo o outro e incitando o ódio, afeta a moral da vítima. Esse fato está relacionado ao grande problema do mundo pós-moderno, que Zygmunt Baumam destaca como o individualismo. Nesse contexto, as pessoas perdem a empatia e senso de respeito diante do "diferente", ao priorizar o pensamento do "eu" em detrimento do bem comum.       Nessa perspectiva, é preciso romper com a impunidade e incitar o pensamento coletivo, e, portanto, garantir que os discursos de ódio sejam erradicados da sociedade. Dessa forma, cabe ao Governo Federal em conjunto com o Congresso Nacional, criar leis que qualifiquem o discurso de ódio nas redes sociais como um crime isolado e atribuir uma punição adequada para os deliquentes. Ainda, cabe às instituições de ensino promover projetos que instiguem a consciência crítica da população, através de palestras que passem o conhecimento das leis e da importância do pensamento coletivo para desenvolver uma sociedade saudável.