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Enviada em: 10/10/2017

Durante os regimes totalitários do século XX, os discursos de ódio e de intolerância, a respeito de algumas minorias segregadas, eram escancarados e considerados normais pela sociedade. Nos dias atuais, apesar desses comportamentos serem, geralmente, ilegais, os ideais de intolerância ainda se perpetuam, principalmente, nas redes sociais. Nesse contexto, esses atos são a transposição e pensamentos e preconceitos do mundo real para o virtual, agravados, sobretudo, pela sensação de impunidade e de anonimato existente na internet.        O anonimato na internet é, não raramente, ma falácia, visto que mesmo com a utilização de perfis falsos para a prática de crimes, o rastreamento do IP do computador revela, geralmente, a identidade do usuário. Entretanto, apesar desse fato, os comentários agressivos são, extremamente, recorrentes nas redes sociais. Nesse sentido, a impunidade, comum a todas as esferas judiciais do Brasil, impera, também, sobre os crimes da internet, devido a falta de denúncia e ao descaso do governo diante desses crimes,não dando-lhes a devida importância.          Em paralelo a essa questão, a popularização de páginas com ideias preconceituosas refletem a persistência de preconceitos na sociedade. Um bom exemplo disso são as páginas de humor negro, muito populares em redes sociais como o Facebook, que divulgam piadas maldosas sobre deficientes físicos e mentais, negros e estrangeiros. Dessa forma, eles perpetuam, através do seu conteúdo, a discriminação e exclusão desses grupos, haja vista que suas postagens agravam e propagam esteriótipos, muitas vezes mentirosos, sobre eles.           É seguro afirmar, portanto, que os discursos de ódio e intolerância na internet devem ser, fortemente, combatidos. Para tanto, é imprescindível a criação de medidas, por parte do Governo Federal, que diminuam a impunidade na internet, como a criação de um site, com ajuda de empresas privadas, que expliquem como agir diante de crimes cibernéticos e que induzam a denúncia destes, com o objetivo de diminuir os casos desses e a sua real punição. Ademais, cabe a sociedade civil organizada criar palestras em escolas e universidades, com a presença de sociólogos e pedagogos, que desconstruam os preconceitos e esteriótipos históricos, com a finalidade de atenuar a sua propagação no âmbito virtual e, acima de tudo, acabar de uma vez com estes.