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Enviada em: 06/10/2017

O discurso de ódio e a intolerância as diferenças sempre estiveram presentes nas sociedades. Em períodos de crise, estes discurso tornam-se populares e conseguem obter maior número de seguidores. Eles encontraram um ambiente propício para a difusão nas redes sociais, que oferecem anonimato e alto poder de alcance.    O nazismo na Alemanha evidencia o perigo de associar uma grave crise com discursos de ódio. A Alemanha, que atravessava um período difícil de pós guerra, encontrou em Hitler um "salvador" para reconstruir o país, dando força ao discurso de ódio aos judeus e da supremacia da raça ariana.    A associação da crise política e financeira vivida pelo Brasil e tempos de alta difusão e popularidade das redes sociais, fazem com que estes discursos preconceituosos obtenham rápida difusão e apoio de parte considerável da população, encontrando condições favoráveis para propagação.   O Facebook, maior rede social moderna, é um dos "culpados" desta amplificação. Nesta plataforma é possível criar perfis falsos, possibilitando  a divulgação anônima e dificultando a atividade da polícia em identificar e prender estes disseminadores de preconceitos, tornando a sensação de impunidade ainda maior.    Portanto é necessário que o Governo atualize e melhore os métodos de controle das redes sociais, aumentando o alcance e identificação dos responsáveis. A implementação do aplicativo desenvolvido pela UFES aumentará a eficácia na identificação dos casos, mas não pode ser visto como única medida a ser tomada. É necessário adequar e atualizar os códigos penais, tornando possível a punição por crimes cibernéticos, tipificando em lei a ação de disseminar ideias preconceituosas em redes sociais e não deixando impunes estes indivíduos.