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Enviada em: 08/10/2017

As redes sociais surgiram com o propósito de suprir as necessidades dos homens em compartilhar e criar laços sociais com o outro. Contudo, hodiernamente, o Brasil enfrenta sérios problemas acerca da intolerância e o discurso de ódio que perpassam a internet. Nesse contexto, convém analisar as principais causas de tal problemática. Em primeira instância, vale salientar que o anonimato propiciado pela web corrobora o empecilho. Nesse sentido, tal infortúnio é motivado pela facilidade e praticidade em se criar perfis "fakes" no âmbito virtual com o intuito de propagar comentários de cunho discriminatório. Exemplo disso foi o que ocorreu, em 2015, no perfil online da jornalista Maria Júlia Coutinho, da globo, a qual teve sua foto repleta de comentários racistas e por conta dos perfis incógnitos foi difícil reconhecer os agressores. Somado a isso, cabe ressaltar que o conhecimento errôneo a respeito da diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio agrava ainda mais o entrave. Isto é, os indivíduos que escrevem comentários ofensivos nas fotos e publicações que circulam na rede acreditam que estão apenas compartilhando sua opinião; entretanto, a partir do momento que se usa esse discurso como forma de instigar atos ultrajantes para com o outro, o cidadão passa a perpetrar a intolerância. Em consequência disso, na maioria das vezes, o indivíduo pode se sentir excluído perante a sociedade e, por conseguinte, entrar em depressão. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de medidas tangíveis que diminuam a intransigência nas redes sociais. Para isso, o Ministério Público Federal, em consonância com institutos tecnológicos, por meio de verbas destinadas a segurança pública, deve criar e ampliar os aplicativos já existentes que identificam palavras chaves que promovem a incomplacência. Além disso, o MPF ,em parceria com a mídia, deveria criar propagandas, nos intervalos de jornais televisivos, com a finalidade de informar os cidadãos quanto às diferenças entre liberdade opiniosa e austeridade. Assim sendo, não só diminuirão os casos como o da jornalista da globo, mas também, no Brasil, as redes sociais continuarão com o propósito de sociabilidade sem denegrir imagem de ninguém.