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Enviada em: 16/10/2017

O ser humano possui, diferentemente dos outros animais, a capacidade de observar o que há a sua volta de forma racional e, a partir disso, elaborar hipóteses e formar ideias sobre o mundo. Com o progresso tecnológico e, principalmente, com o advento da internet, ocorreu uma revolução que "encurtou" a distância entre pessoas e com isso viu-se pessoas de diferentes lugares e com distintas cosmovisões chocarem-se. Todavia, o que ocorre, muitas vezes, não é o diálogo, mas sim discursos feitos com raiva e repletos de fúria entre usuários, as brigas são feitas por pessoas fundamentalistas, que agem por emoção e não aceitam opiniões diferentes. Os principais problemas causados no Brasil são: a formação de "bolhas sociais" e o ambiente de violência gerado na rede por grupos opostos.      Faz-se importante evidenciar, como exemplo, que pessoas tendem a defender ideias cultivadas no ambiente de sua formação. Assim, se a pessoa foi educada em um ambiente conservador ela tende a ser tradicionalista, por outro lado, se na construção social do indivíduo houve uma composição baseada em ideias revolucionárias ela, muito provavelmente, romperá com o tradicionalismo e será uma libertária. Por fim, a briga pode ser gerada, justamente, quando pessoas com ideologias opostas encontram-se em uma discussão nas redes e o que definirá se a conversa desses internautas será uma briga ou um simples diálogo de ideias é, simplesmente, a postura de ambos. As pessoas precisam entender, portanto, que se uma posição ideológica está subjetivamente errada não combate-se o indivíduo que a defende, mas sim a própria convicção.      Deve-se ressaltar, ainda, que dados de um estudo do projeto Comunica que Muda mostra que 84% dos discursos feitos, na web do país, sobre os temas: homossexualismo, racismo e posicionamento político, são, em sua maioria, textos ou falas de ódio. Ainda sim, faz-se importante enfatizar que, no Brasil, ocorre de pessoas sentirem-se melhores quando estão num local onde uma só ideia prevalece, a que agradam-lhes, e as demais convicções não existem, logo, não há como suscitar debate, essas são as "bolhas sociais" que quando chocam-se transformam uma rede online em "terra de ninguém".                Portanto, para diminuir essa situação ou acabar com ela, primeiramente, o Ministério da educação (MEC) deveria obrigar os professores a incitar o debate, sobre vários temas, em sala de aula após a quarta série. Isso seria feito por profissionais que ministram aulas com temáticas político-econômicas e socioculturais, assim seria mais fácil evidenciar os que, desde novos, possuem tendência desrespeitosa e que, por isso, podem ser intolerantes ou até mesmo vir a criar discursos de ódio e, assim, conhecendo o problema, seria mais fácil corrigi-lo e quanto aos alunos, ensiná-los. A grande mídia deveria divulgar grupos como o "movimento contra o discurso de ódio" e outros movimentos.