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Enviada em: 07/10/2017

O processo de democratização do uso da internet modificou a forma e o comportamento das relações pessoais na sociedade global. Em virtude da ausência de leis específicas para combater crimes no plano virtual, a prática de tais ações é muito comum. É necessário que políticas governamentais voltadas à criação de leis sejam efetivadas para combater tais práticas.       Por tratar-se de um local onde, muitas das vezes, a identidade do criminoso é velada, a prática de atos criminosos contra a cor da pele é muito comum. Recentemente, a apresentadora do "Jornal Nacional" Juliana Coutinho foi vítima de preconceito racial em uma de suas redes sociais. É válido lembrar que, condutas que ferem a dignidade de outro indivíduo é crime, sendo ela praticada ou não no campo virtual. Diante disso, é necessária a criação de uma legislação específica para punir os que praticam tais crimes.       É importante pontuar ainda, os crimes relacionados à orientação sexual nas redes sociais. Segundo dados da Polícia Civil do Estado do Pará, o número de denúncias de crimes de cunho homofóbico aumentaram em 32% no ano de 2016. Entretanto, a dificuldade para chegar à identidade do criminoso é um obstáculo para a aplicação de condutas jurídicas. Desse modo, é necessário maior investimento em serviços de inteligência da Polícia Civil para identificação dos autores de tais crimes.       Desse modo, é necessário que ações do Estado sejam realizadas para que a prática de intolerância diminua nas redes sociais, com a ampliação dos departamentos de inteligência das polícias. Ainda, o sistema jurídico deve adequar-se a esse novo modelo de crime, criando leis específicas que coíbam condutas de injurias ou difamatórias nas redes sociais. É necessário ainda, a fiscalização por parte dos administradores das redes sociais, para que sejam excluídos os usuários que publicam comentários racistas ou homofóbicos. Desse modo, o Brasil dará um bom passo para a construção de uma sociedade mais tolerante e respeitosa.