A partir da crise mundial de 2008, os Estados Unidos e outros países tiveram uma redução no seu crescimento econômico, o que afetou, principalmente, a classe média com a redução de salários e postos de empregos, o que diante desse contexto sugiu inúmeros casos de xenofobia. No cenário brasileiro, em comparação com o mundo, vem se constatando o aumento da intolerância e do discurso de ódio nas redes sociais, o que acarreta adversidades para muitos indivíduos. Isso se evidencia tanto por ferir os direitos humanos, quanto por promover atos de violência física e verbal. Primeiramente, é importante destacar que o Brasil aceitou fazer parte dos países que garante a seus habitantes o respeito a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sendo assim, esse documento prever diversos direitos as pessoas: asílio político, igualdade perante a lei e direito a vida. Entretanto, diante do atual panorama de debates intolerantes na rede de computadores esses artigos estão sendo violados, na maioria das vezes, por indivíduos maus intencionados se aproveitando do anonimato. É válido lembrar ainda, que segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta é sempre uma derrota. Nesse sentido, o setor judiciário, bem como a maioria dos cidadãos não dão a devida atenção aos casos de agressão via internet, por achar que não provoca danos a quem seja a vítima. Entretanto, a falta de uma atitude efetiva no combate dessa prática colabora para o seu crescimento, pois segundo a ONG Safernet, apenas entre os anos de 2010 e 2013, ouve um aumento de 200% nas denúncias. Ademais, esses discursos de ódio podem sair do meio virtual e começar a se intensificar no mundo real, podendo levar a atos extremos como o holocausto da Alemanha fascista. Fica evidente, portanto, que a intolerância e o discurso de ódio na internet provoca adversidades, sendo necessárias medidas para atenuar esse impasse. Em primeiro lugar, o Governo Federal por meio do MJ(Ministério da Justiça) e com o auxílio da tecnologia da informação deve criar um projeto que vise o cadastramento dos usuários da rede para que seja identificados nos casos de prática de crimes, bem como deve criar delegacias especializadas no assunto para apurar e processar as denúncias virtuais, ação que pode ser realizada com o direcionamento de mais recursos financeiros para essa área. Além disso, as escolas e a mídia podem desenvolver campanhas educativas para as crianças e adultos a respeito do assunto, ensinando-os a agirem de forma correta nos casos presenciados, medida que pode ser feita por meio de palestras, brincadeiras lúdicas, telenovelas e com as redes sociais. Assim, os casos de intolerância serão destruidos antes mesmos de sairem da internet.