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Enviada em: 07/10/2017

Conforme o Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano tem direito a liberdade de pensamento, consciência e religião. Embora o surgimento das redes sociais tenha sido benéfico, ele também contribuiu para que a liberdade de expressão das pessoas fosse alvo de intolerância e discursos de ódio.        Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade vive em uma Modernidade Líquida na qual as relações são artificiais e fluidas. Dessarte, o egocentrismo e o individualismo estão presentes nas pessoas, explicando muitas vezes o desencadeamento de discursos de ódio quando um grupo não possui opiniões em comum acerca do assunto em questão.       Outrossim, é tácito que, por trás das telas, os internautas se sentem seguros em expressar um ponto de vista sem se preocupar com a repercussão causada por determinadas postagens, sobretudo de assuntos polêmicos, usando muitas vezes o anonimato. Não obstante, mesmo que as pessoas revelem a identidade, as vítimas de agressões verbais se sentem ameaçadas caso venham a denunciar os agressores, deixando-os impunes de crimes como o racismo, presente em 97,6% das menções negativas.       Diante do exposto, medidas são necessárias para resolver o impasse. De acordo com o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é o que a educação faz dele. Haja vista tal teoria, as escolas, em parceria com o Ministério da Educação, devem propiciar palestras de cunho social e informacional para mostrar a importância do ensino de valores - como o respeito - desde cedo. A mídia deve se juntar ao Ministério Público promovendo campanhas que apresentem os meios de denúncia, incentivando as pessoas a denunciar crimes cibernéticos. Por fim, cabe ao Poder Legislativo elaborar leis mais rigorosas para punição dos envolvidos na problemática, a fim de que ela seja minimizada.