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Enviada em: 08/10/2017

É natural que a ampliação do uso de redes sociais trouxesse consigo, discussões dos mais variados temas. Além disso, diante da pluralidade de ideias nesse ambiente, os discursos de ódio e intolerância também estivessem presentes. O erro está em tratar a internet como causa e não como consequência de um problema maior.                  Quem é intolerante no mundo virtual, também o é no mundo real. O comportamento de um usuário de redes sociais, é reflexo da sua conduta em sociedade. O que acontece é que esse tipo de pessoa sente-se mais confortável em expressar sua intolerância na frente de um computador, desfrutando do seu anonimato. E aquelas que não costumavam presenciar esse tipo de discurso, agora consegue ter acesso facilmente.  De modo que cause a impressão de aumento da intolerância, mesmo que a consciência repressora estivesse sempre presente.              Embora as redes sociais não sejam responsáveis pelo aumento dos discursos de ódio, elas conseguem amplificá-los. O Brasil ainda é um país machista e patriarcal, basta ver a quantidade de notícias de assédio sexual contra mulheres em transporte público, agressões e assassinatos de transgêneros e homossexuais, etc. Sendo assim, é de se esperar que após um comentário intolerante em uma rede social, muitos se identifiquem com esse discurso e o apoiem. De tal forma que consiga criar um ambiente de repressão, onde as pessoas que não sigam determinados padrões sociais sintam-se reprimidos.                Logo, os discursos de ódio nas redes sociais são resultado de uma sociedade que ainda pensa de maneira arcaica. De modo que não adianta somente exclusão de perfis ou comentários intolerantes, já que isso ainda é resultado da nossa cultura. Sendo assim, é necessário que ONG's (organizações não governamentais), as escolas e o poder público, por meio do Ministério da Educação e dos Direitos Humanos, possam juntos, criar um movimento educacional sobre respeito e consumo de mídias sociais, tudo isso, com a finalidade de educar os cidadãos brasileiros.