Materiais:
Enviada em: 09/10/2017

Derrota cibernética    Para o filósofo Jean-Paul Sarte, a violência é derrota, independentemente das forma em que se manifesta. Depreende-se, nesse sentido, que o discurso de ódio e a intolerância nas redes sociais são problemas a serem resolvidos, porquanto proporcionam conflitos. Dessa forma, é válido não só analisar que o anonimato que sistemas on-line proporcionam é a principal causa do impasse, mas também observar como isso pode impulsionar realidades danosas aos afetados por esse contexto.    De início, nota-se que tais meios de comunicação dão impulso ao contratempo em virtude da maior possibilidade para praticar crimes sem ser descoberto. Isso porque - em complexos da internet - o encontro de malfeitores é dificultado, ora pela facilidade em criar perfis falsos, ora pela falta de fiscalização nessas redes. Não é à toa, por conseguinte, que o site "Comunique que muda" tenha, em 2017, recebido mais de cinquenta mil relatos sobre homofobia no período de apenas três meses. Percebe-se, à vista disso, que não é razoável permitir essa realidade ser frequente em cenário brasileiro, haja vista as chances de pessoas inocente serem demasiadamente prejudicadas.    Diante disso, convém compreender que, segundo a Organização Mundial da Saúde, saúde pode ser considerada como conforto mental, físico e social. As vítimas do impasse, contudo, têm seu bem-estar psicológico negativamente afetado, uma vez que os atos de ódio e intolerância - como o racismo e homofobia - podem ferir a autoestima da pessoa, o que é ainda mais perigoso na internet, pois os conflitos, diversas vezes, são mais extremistas, visto que a liberdade para a atitude é aumentada pelo anonimato. Assim sendo, seja pela maior fiscalização ou pela criação de leis específicas para tais crimes, a problemática deve ser solucionada, a fim de que a saúde populacional seja defendida.     Esse panorama, portanto, é contratempo proporcionado pela dificuldade para identificar os criminosos e acarreta malefícios. Para resolver isso, com o objetivo de aumentar a fiscalização e diminuir o anonimato, cabe aos administradores de grandes redes sociais a criação de estruturas cibernéticas que ofereçam facilidade e rapidez para encontrar atos discriminatórios nas redes, de forma a excluir ou a investigar - para posterior penalização - os perfis dos malfeitores. Acresce, ainda, para punir os conflitos mais graves, que o Poder Legislativo tem a tarefa de criar leis específicas para penalizar os criminosos, de modo obrigar o pagamento por danos morais e a prestação de serviços comunitários. Destarte, se efetivadas essas medidas, a derrota descrita por Sartre deixará de ser vista em ambientes on-line e o bem-estar populacional voltará a ser absoluto no que se refere às redes sociais.