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Enviada em: 09/10/2017

De acordo com Blaise Pascal, nada é mais difícil do que pensar. Essa máxima do filosofo e matemático destaca a problemática atual das redes sociais: a intolerância que ignora o diálogo e a reflexão, e como resultado busca por meio de discursos de ódio atingir opiniões divergentes. Nesse sentido, é necessário entender a causa dessa problemática e a consequência que traz à sociedade.       Em primeiro lugar, cabe mostrar que o aumento dessa problemática é alia-se a facilidade e rapidez com que as redes sociais têm de propagar esse tipo de discurso. Segundo o presidente da ONG Safernet Brasil, foram identificadas mais de 300 mil publicações com abordagem negativa, de cunho preconceituoso e discriminatório. Esses números provavelmente não seriam atingidos em outros meios de comunicação, e somando-se a isso está o anonimato que é proporcionado no ambiente virtual aos autores dessas publicações.       O problema, porém, não se resume àquelas facilidades mas também a banalização dos discursos de ódio. Embora existam diversos canais para denunciar crimes cibernéticos, como o Disque 100 e o Canal Cidadão do Ministério Público, a sociedade brasileira ainda enxerga esses tipos de crime com normalidade. Esse fato torna mais difícil o combate dessa problemática visto que o número de denúncias mesmo que anônimas  ainda é baixo.      Fica evidente, portanto, que o aumento da toxicidade presente nas redes sociais é apenas reflexo da crise de moralidade que o país enfrenta, para que essa problemática diminua, ONG´s em conjunto com as escolas devem fazer palestras à comunidade para que se entenda que palavras ofensivas causam graves consequências às pessoas atingidas, e a mídia com o Ministério Público devem criar campanhas publicitárias em todos os meios de comunicação que busquem conscientizar a população a fazer denúncias dos crimes cibernéticos. Talvez assim, fique entendido que a falta de um diálogo saudável seja o pior crime praticado pelos humanos.